Campus Party começa com filas; suor e latinidade

Apesar das longas filas, clima foi de tranquilidade; Marta Suplicy foi um dos destaques da abertura

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Por Redação Link
Atualização:

Por Murilo Roncolato e Bruno Capelas

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SÃO PAULO – A sétima edição da Campus Party Brasil começou nesta segunda-feira, 27, aberta apenas aos participantes e “campuseiros” – é como os aventureiros que ficarão acampados no Anhembi Parque até domingo são chamados por aqui. Não muito diferente das edições anteriores, a “festa nerd” contou com longas filas, muito calor, instabilidade na rede de internet (de 40 Gbps), mas ainda com muita animação.

Por tradicionalmente não contar com nenhuma programação de palestras e eventos no primeiro dia, o cenário desta segunda-feira da Campus Party foi de tranquilidade – algo bem diferente do que veremos nos próximos dias. Apesar de longas, as filas foram bem menos dramáticas do que nas edições anteriores. O tempo também ajudou e, por enquanto, a chuva não veio para atrapalhar a estabilidade de palcos, nem molhar equipamentos, como aconteceu nas últimas edições.

A área aberta ao público, chamada de Open Campus, ainda estava sendo montada. A área de Startup & Makers, também aberta ao público, contava apenas com os estandes prontos, mas sem nenhum representante das pequenas empresas para “vender o peixe”. Isso porque a programação dessas áreas começa apenas nesta terça, entre 10h e 21h, e segue até sábado, 2.

Já na Arena, espaço reservado aos participantes, as mesas estão repletas. Fileiras inteiras reservadas para equipes de jogos, modding (construção de computadores turbinados e temáticos), desenvolvimento ou robótica. Omar Majzoub, de 26 anos, é um dos que chegou cedo e se instalou com seu enorme computador modificado, com o tema do filme O Poderoso Chefão, em uma das mesas no Anhembi. Oficialmente vendedor em um loja de colchões, Omar vem à Campus desde a primeira edição, quando descobriu a área de modding e adotou a prática como passatempo. “Fiz quatro ou cinco modelos, do boneco Chuck, do Scarface, da série Lost. Com este, do Poderoso Chefão, não vou participar do campeonato porque já o apresentei antes, mas vim aqui para prestigiar”, diz Majzoub.

Bárbara Franco, de 24 anos, também está na Campus pela primeira vez. Ela veio de Campo Grande (MS), com o namorado Luiz Henrique Nihues, estudante de engenharia da computação, já na sua terceira edição. Bárbara estuda administração e diz ter vindo para aprender mais sobre empreendedorismo. “Espero aprender algo neste ano para voltar no que vem com um projeto próprio e quem sabe criar a minha startup”, diz, revelando ainda ter gasto cerca de R$ 800 no total para vir a São Paulo e participar da feira.

Durante a tarde, uma banda criada pelo italiano Nicolas Ferruggia animou o ambiente, com sua música que mistura samba de roda, da Bahia, cumbia e outros ritmos latinos. Seu grupo, chamado Nicolatinidade, se apresentou no palco principal, tocando seu “hit” Latinidade, logo depois da cerimônia de abertura, às 20h, que contou com o criador do evento, Paco Ragageles; o presidente da Telefônica, Antonio Carlos Valente, tradicional patrocinadora da Campus e a ministra da Cultura, Marta Suplicy, estreando na feira paulista.

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A ministra disse com exclusividade ao Link que acredita na cultura digital como elemento fundamental da cultura desta época e parte essencial da economia criativa. Seu Ministério anunciará três editais na área de economia criativa e games. Ao ser questionada sobre a política de inclusão dos games do Vale Cultura – e sua declaração polêmica dizendo não considerar jogos digitais parte da cultura –, a ministra respondeu que foi mal compreendida, alegando que os games são a vanguarda da cultura, mas que não era possível incluí-los num primeiro momento no Vale Cultura, pois era preciso testar a aceitação do programa e seus aspectos.

Campus Party está oficialmente aberta!

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