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Campus Party de 2008 ainda é imbatível. Mas neste ano melhorou bem

Por Rodrigo Martins
Atualização:

As mudanças na disposição de bancadas e palcos neste ano fizeram bem para a Campus Party. Ao contrário do ano passado, quando palestrantes, em palcos lado a lado, disputavam quem aumentava mais o volume nas caixas de som para tentar que a plateia compreendesse o que eles falavam, em 2010, é possível até conversar com alguém sem ter de gritar.  Um adianto e tanto.

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A área da Campus Party, como um todo, aumentou. As barracas estão mais espaçadas entre si. As bancadas para os computadores dos campuseiros também. Quanto aos palcos, a maioria – veja bem, eu disse a maioria – está mais estrategicamente localizada para que um palestrante não atrapalhe o outro. O barulho não é mais ensurdecedor como em 2009, quando, ao entrevistar campuseiros, eles me diziam que só conseguiam ouvir algum som no computador se colocassem fone de ouvido e aumentassem muito o volume. Ou, quando tentavam dormir, pelo barulho, não conseguiam.

Lógico, nem tudo é perfeito. A área cresceu, mas os locais para alimentação diminuíram (esse é um post para amanhã). E a organização também decidiu criar uma área chamada Criatividade, unindo blogs, música e design. O problema é que cada uma dessas áreas tem um palco específico. E esses três palcos ficam lado a lado. Aí já viu, né?

Agora há pouco, assistia a uma palestra lotada com os blogueiros do Jovem Nerd. Separada por uma parede fina, havia uma discussão sobre videoclipes, em música, e uma outra sobre design num palco logo em seguida. Resultado: não dava para ouvir nada. Nem o Jovem Nerd nem o cara do videoclipe, cuja voz insistia em vazar pela tal parede fina. No final, desculpem garotos do Jovem Nerd, abandonei a palestra.

Como veterano em Campus Party (essa é a minha terceira no Brasil e fui à de 2007 na Espanha), posso afirmar: em termos de layout e de isolamento acústico, a Campus Party de 2008 ainda é a melhor. Havia muito menos pessoas na Bienal, no Parque do Ibirapuera. Mas também havia menos barulho – ou barulhos mais divertidos, como os flashmobs que rolavam a toda hora -, mais luz do sol entrando pelas janelas e um ambiente mais aconchegante para conversar e trocar ideias, o que, afinal, acredito que a Campus Party se preste. E olha que estou considerando que, em 2008, os banheiros eram imundos (mas tinham água quente, ao contrário do ano passado).

Você concorda comigo? Para você, qual Campus Party tinha a melhor infra?

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