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Celular segue mudando a rotina

Depois de música, SMS e games, usuários agora se acostumam a usar smartphone

Por Murilo Roncolato
Atualização:
 

Quatro em cada dez brasileiros usam seus celulares para ouvir música, jogar games ou acessar seus e-mails, atividades além das simples ligações de voz ou das mensagens de texto (SMS). O dado, de uma pesquisa publicada em dezembro pelo instituto norte-americano Nielsen, comprova um fato: em 20 anos, o celular mudou e continua mudando o dia a dia do brasileiro.

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O deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) participou desta história. Ele era presidente da Telerj, concessionária do antigo Sistema Telebrás, responsável pela estreia do celular no Brasil, em dezembro de 1990. Ele recorda que o projeto inicial era para atender celulares que pesavam quase 5 quilos e eram usados dentro de veículos. Para ter uma linha era preciso pagar cerca de US$ 22 mil de caução e, mesmo custando caro, 700 pessoas adquiriram a novidade. Com a evolução, os portáteis foram, aos poucos, chegando às lojas.

“Demos celular para o Boni, para os jogadores Zico e Carlos Alberto Torres. Tudo para tornar o aparelho conhecido e despertar a curiosidade e o interesse das pessoas”, conta Cunha.

A advogada Nair Souza, 60 anos, é uma das pessoas que possuem celular desde que ele surgiu no Brasil. Ela passou pelos chamados “tijolões” (os antigos modelos que eram enormes, pesados e com baterias de pouquíssima duração) e, atualmente, usa um smartphone. Hoje, Nair acredita ser “impossível viver sem ele”. Mas quando está na academia, o telefone fica em casa. “Não há nada que não possa esperar uma hora.”

Fruto dos novos tempos, Rafael Costa é um garoto do Distrito Federal que ganhou seu primeiro celular aos 8 anos e, hoje, aos 12 anos, ganha o seu “dinheirinho”, como diz, com os anúncios veiculados nos cinco aplicativos criados por ele, aprovados na App Store e disponíveis para iPhone e iPad gratuitamente.

Para Rafael, a ligação já está ficando ultrapassada. “Só vamos nos falar só pela internet”, aponta ele, ditando uma das tendências atuais da telefonia. O jovem, que sonha em ir para a Califórnia e em trabalhar na Apple, acha que no futuro o celular vai ser “um relógio, um capacete, qualquer coisa” e opina sobre a importância de sua profissão: “Quem controlar o computador vai controlar os seres humanos. Esse é o futuro.”

—- Leia mais:• Link no papel – 03/01/2011• 20 anos de celular no Brasil• 200 milhões são só o começo • No início era o “tijolão”… • Personal Nerd: Da telefonia à web portátil

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