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CEOs pregam um mundo móvel e fácil

Na MWC, maior feira sobre mobilidade, HTC diz que o sistema operacional não importa, basta que 'as coisas sejam simples'

29/02/2012 | 12h30

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 Por Camilo Rocha - O Estado de S. Paulo

Na MWC, a maior feira de tecnologia móvel, HTC diz que o sistema operacional não importa ‘elas só querem que as coisas sejam simples’

BARCELONA – O som que sai da caixa é um dos hits dance do momento, “Levels”, do DJ sueco Avicii. Seu clima eufórico e festeiro é a trilha perfeita para esta indústria, este congresso, para o que vem por aí. “O celular está sendo levado para um novo nível de onipresença”, começa a entusiasmada fala do diretor-executivo do banco de investimento Rutberg, Rajeev Chand.

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Ele estava no palco para mediar o evento que abriu o terceiro dia do Mobile World Congress, em Barcelona. Dele participaram três figuras centrais nesse mundo móvel cada vez mais amplo e global: Dennis Crowley, fundador do Foursquare; Peter Chou, CEO da fabricante de smartphones HTC; e Stephen Elop, CEO da Nokia.

Crowley consta da lista dos 25 empreendedores jovens mais importantes do momento graças a seu aplicativo de geolocalização, o Foursquare. Usuários chegam num restaurante ou festa e contam para seus amigos nas redes: “acabei de dar check-in no lugar X”. Para uma geração que repensou a privacidade, é um sucesso estrondoso.

“São 15 milhões de usuários”, explica Crowley, moleton de ziper cinza, calca jeans e ténis, “que já deram 1,5 bilhão de check-ins. Isso gerou muitos dados interessantes para nós e possibilitou fazer coisas muito sofisticadas”.

Ele fala sobre como esse cruzamento de dados (os lugares onde você foi ou vai, que tipos de pessoas gostam de ir em tais lugares, quais os lugares mais frequentados em Barcelona por mulheres acima dos 40 que gostam de café cortado e Shakira e assim por diante) vai ajudar a melhorar cada vez mais a eficiência das indicações do Foursquare.

“Estamos começando a traçar o perfil das pessoas em larga escala. Não será preciso ficar procurando coisas como fazemos hoje. Você vai estar andando pela rua e seu telefone lhe avisará do que pode te interessar”, explica. “Vamos fazer o mundo ficar mais fácil”.

E isso inclui as empresas que vendem e que estão adorando essa pesquisa de mercado detalhada. No telão, aparece uma montagem com dezenas de logos. “Estamos trabalhando com 750 mil companhias”, revela Crowley. E o mais prático? “É tudo gerado pelo próprio público”.

HTC. Depois de Crowley, é a vez do CEO da HTC, o chinês Peter Chou. A empresa lançou no MWC uma nova linha de smartphones chamada HTC One, produto que foi um dos destaques do evento.

Com seu inglês fortemente impregnado de sotaque (quando ele fala mundo – “world” – soa como guerra – “war”), o executivo também defende um mundo mais fácil.

Os CEO da HTC, Peter Chou, e da Nokia, Stephen Elop. FOTO: Reuters

“As pessoas não se importam qual é o sistema operacional, os detalhes técnicos, elas só querem coisas que sejam bem simples. Não querem perder tempo tentando entender como usar um aparelho.” Ele também destacou as coisas que fazem o bom design, entre elas “a humanidade”. “A tecnologia tem que servir às pessoas, não o contrário.”

Nokia. O terceiro participante, Elop, da Nokia, caprichou na lábia de vendedor para falar do Windows Phone, sistema operacional da nova família de smartphones da empresa, a Lumia. “A batalha não é mais entre marcas, mas entre ecossistemas. Quando a Google viu o vácuo criado pelo sistema fechado da Apple, lançou o Android. Acreditamos que havia espaço para um terceiro sistema.” Ele lembra que em um ano o número de aplicativos para a plataforma saltou de seis mil para 65 mil.

Depois, ressaltou três pontos fundamentais para a estratégia da empresa. O primeiro: “Acreditamos que o mundo será mais local. As pessoas vão querer aplicativos relacionados à sua área. Isso é uma tendência clara nos mercados emergentes. Teremos empresas globais vendendo produtos locais”, disse, mas especialmente “uma mudança de poucas empresas grandes ganhando para muitas empresas pequenas ganhando”.

Seu segundo ponto versou sobre serviços baseados em geo-localização. “A internet está cheia de ‘o quê?’ e ‘quem?’, queremos ser o ‘onde’. Estamos investindo em mapeamento de ambientes internos e realidade aumentada.” Elop citou também aplicativos do tipo que são prioridade para a empresa: Nokia Maps, Nokia Drive (para motoristas) e Nokia Transport (com informações de transporte coletivo).

No terceiro ponto, o CEO da Nokia falou sobre a rentabilização dos ecossistemas, “fornecendo maneiras de ganhar dinheiro”. Os exemplos vão de cobrança na conta da operadora até compras via cartão de crédito, passando por micro-pagamentos, assinaturas e cupins. “Já estamos trabalhando nisso com 150 operadoras em 40 países”.

No momento mais divertido da apresentação, Chou pediu para responder a uma brincadeira feita por Elop sobre os megapixels dos smartphones das duas empresas. Elop contou que na CES do ano passado teve um modelo de 8 MP, que considerava forte, ofuscado por um aparelho que a HTC apresentou com 16 MP. “Por isso, fizemos o PureView 808, com 41 MP”. Chou disse: “Eu lembro da cara dele. Pensei ‘esse cara vai me dar o troco’”.

Brincadeiras à parte, a sinergia entre os três é clara: personalização de produtos, simplificação de uso, atendimento de necessidades locais e maiores oportunidades para pequenos negócios. Cada um a seu modo, três agentes exemplares da era da “onipresença”.

Apresentando o Windows 8. O outro grande evento do penúltimo dia da MWC também tem muito a ver os temas de simplicidade e customização. Será a apresentação do Windows 8, a nova versão do sistema operacional para computadores da Microsoft.

O “Betta Fish” é um dos wallpapers do novo Windows. FOTO: Reprodução

O Windows 8 virá de dois jeitos: um para os tradicionais desktops e laptops e o outro para microprocessadores ARM, o padrão para tablets, smartphones e outros portáteis. O alinhamento com os dispositivos móveis não para por aí: a interface seguirá o estilo de “azulejos” do Windows Phone (que a Microsoft chama de “Metro”). Cada azulejo corresponde a um aplicativo ou programa e o usuário poderá organizá-los da maneira que quiser.

A empresa disponibilizará para download a versão beta do Windows 8, dando ao público a oportunidade de testá-lo. Algumas horas antes da apresentação, vazaram imagens do wallpaper do programa.

* O repórter viaja a convite da Nokia.

+ Acompanhe a cobertura completa do Mobile World Congress 2012

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