Hóspedes de um hotel em Estocolmo, Suécia, vão poder usar seus telefones celulares em vez de chaves ou cartões para destrancar as fechaduras de seus quartos.
A Assa Abloy AB, o maior fabricante mundial de fechaduras para portas, lançou um projeto piloto com o Clarion Hotem Stockholm que empresta aos hóspedes celulares equipados com chips de transmissão de rádio de curto alcance, como os sistemas de pagamento sem contato ou o sistema de pagamento de pedágios e estacionamentos.
Durante um teste de quatro meses, hóspedes frequentes do hotel poderão fazer check-in à distância antes da chegada no hotel, e usar seus telefones como “chaves”. Eles podem pular o registro na entrada do hotel e ir direto para o quarto, destravando a fechadura aproximando o telefone.
A tecnologia de rádio, conhecida como Near Field Communication (NFC), é esperada para ser usada em telefones nos próximos anos. Ela também pode ser usada para pagamentos de cartão de crédito e para bilhetes de transporte público. A Assa Abloy diz que planeja fazer o teste no hotel antes de expandir o sistema para outros lugares, como prédios comerciais e casas.
Greger Johansson, analista de telecomunicação da consultoria Redeye, disse que a tecnologia NFC é uma das apostas do mercado de celulares. Mas ele afirmou que poucos modelos incorporaram o recurso até agora e que deve demorar “vários anos” para se tornar amplamente usada.
“Não é uma questão de incorporara a tecnologia”, ele disse. “Você precisa também de aparelhos que possam lê-la. Ainda há poucas empresas envolvidas e deve demorar até que ela funcione bem.”
O diretor da divisão da área móvel da Assa Abloy, Daniel Berg, disse que os primeiros hóspedes podem achar incômodo usar um celular extra. Mas uma vez que a tecnologia estiver disponível em seus próprios aparelhos, disse ele, as pessoas poderão economizar o tempo do check-in e melhorar a segurança porque um celular perdido pode ser bloqueado remotamente.
Ele disse que a tecnologia funciona nas fechaduras via rádio existentes hoje, então os hotéis podem continuar a entregar cartões para os hóspedes que não quiserem participar.
/ Malin Rising (ASSOCIATED PRESS)