China denuncia 'intimidação' dos EUA por medidas contra TikTok e WeChat
TikTok não poderá mais atualizar seu aplicativo a partir deste domingo, mas serviço continuará disponível para os usuários americanos até 12 de novembro
19/09/2020 | 01h44
Por Redação Link - O Estado de S.Paulo
ByteDance deve vender suas atividades do TikTok nos Estados Unidos para uma companhia americana, única solução cogitada por Washington para não proibir o aplicativo em seu território
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A China acusou os Estados Unidos de atos de "intimidação" ao proibir o download dos aplicativos TikTok e We Chat a partir deste domingo, 20, e ameaçou os americanos com represálias.
"Se os Estados Unidos persistirem com suas ações unilaterais, a China tomará as medidas necessárias para proteger firmemente os direitos e interesses legítimos das empresas chinesas", afirmou o Ministério chinês do Comércio em comunicado divulgado neste sábado, 19.
"A China incentiva os Estados Unidos a abandonar seus atos repreensíveis e suas intimidações e a respeitar escrupulosamente as regras internacionais, justas e transparentes", completou Pequim.
Nesta sexta-feira, Washington deu mais um passo rumo à proibição dos dois aplicativos, propriedades dos gigantes chineses ByteDance e Tencent, justificando a decisão com supostos riscos à segurança nacional americana.
De acordo com o decreto assinado pela Casa Branca, o WeChat deixará de ser acessível nos Estados Unidos a partir deste domingo. Já o TikTok não poderá mais atualizar seu aplicativo, mas o serviço continuará disponível para os usuários americanos até 12 de novembro.
Um prazo que poderia permitir que a ByteDance venda suas atividades do TikTok nos Estados Unidos para uma companhia americana, única solução cogitada por Washington para não proibir o aplicativo de vídeos em seu território.
De acordo com o governo americano, estas novas medidas foram definidas para proteger a segurança nacional, mas agravaram a batalha com Pequim sobre a tecnologia digital.
O endurecimento das relações com a China tem sido um dos pilares da campanha de Donald Trump, que buscará a reeleição em 3 de novembro./AFP
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