China terá mais censura na web

Partido comunista quer intensificar controle sobre redes sociais, afirma Partido Comunista

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Por Agências
Atualização:

Partido comunista quer intensificar controle sobre redes sociais

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A China vai intensificar o controle de mídias sociais e de ferramentas de mensagens instantâneas na internet, afirmou o Partido Comunista num documento de definição de agenda que marca a maior reação do governo até agora ao crescimento explosivo dos microblogs.

O voto de Pequim para fortalecer a administração da Internet e a promoção de conteúdo aceitável para o partido apareceu em um comunicado publicado no jornal oficial do governo chinês, o Diário do Povo, nesta quarta-feira.

Comunicados do Comitê Central do Partido Comunista, que realizou uma reunião anual cujo encerramento ocorreu na semana passada, definem a orientação geral da política do país.

O comunicado deixou claro que os líderes estão procurando maneiras para controlar melhor, mas não extinguir, serviços de microblogs que se tornaram canais populares para divulgar notícias e opiniões que podem desestabilizar o governo.

“(O objetivo é) fortalecer as diretrizes e a administração dos serviços de mídias sociais e ferramentas de comunicação instantânea na Internet e regular a divulgação ordenada de informação”, disse o comunicado.

“Aplicar a lei para punir severamente a divulgação de informações prejudiciais”, acrescentou o documento. Ele não deu detalhes sobre de que forma a regulamentação mais firme pode ocorrer.

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O anúncio da reunião do partido baseia-se em um fluxo de alertas na mídia estatal que mostrou que Pequim está irritada com os microblogs e seu potencial para escapar da censura e de controles.

“Colocar palavras como essas em um documento como esse mostra que eles estão levando este assunto muito a sério”, disse Li Yonggang, especialista em política da Internet na Universidade de Nanjing, no leste da China.

“Este é um sinal político, mas provavelmente passará algum tempo antes que resulte no surgimento de quaisquer novas medidas ou regulamentações.”

(REUTERS)

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