Empresa planeja transformar Estados Unidos em seu maior mercado consumidor de smartphones em até cinco anos
XANGAI – A chinesa ZTE está de olho na Apple e na Samsung, planejando uma rápida expansão no mercado norte-americano de smartphones. A empresa é a segunda maior fabricante de equipamentos de telecomunicação na China e estima que irá superar a meta de vender 80 milhões de aparelhos móveis em 2011. O plano da companhia é fazer dos Estados Unidos seu maior mercado em três a cinco anos, afirmou um executivo nesta terça-feira, 9.
“O sucesso nos Estados Unidos é prova requerida para alegar sucesso mundial,” disse He Shiyou, vice-presidente executivo da ZTE e diretor da divisão de terminais do grupo. ”Se a pessoa quer se tornar um astro do cinema mundial, precisa ir para Hollywood. Não existe astro de cinema que tenha fama mundial e não seja conhecido em Hollywood,” disse He.
Com os smartphones respondendo hoje por mais de 50% das vendas de celulares na maior economia mundial, devem surgir novas oportunidades para empresas que estão chegando tarde ao mercado, como a ZTE.
Os EUA responderam por 10% das vendas de celulares da ZTE em 2010, atrás da Europa, com entre 15% e 20%, e da China, com 35%. A ZTE espera acelerar seu crescimento no mercado norte-americano por meio de parcerias com T-Mobile, AT&T e Sprint.
“Creio que dois ou até mesmo um ano atrás isso era algo que seria impossível realizar,” disse Alvin Kwock, analista do JPMorgan em Hong Kong.
A ZTE, como a Huawei , sua rival chinesa de maior porte, quer basear seu crescimento nos produtos ao consumidor.
“Agora acredito que o jogo venha a favorecer os celulares inteligentes de preço mais baixo,” disse Zona Chen, analista da Samsung Securities. “Eu diria que a concorrência é bastante saudável e estou certo de que, seja a Huawei, seja a ZTE, eles terão oportunidade de conquistar mercado diante dos rivais de maior porte”.
No primeiro trimestre, a ZTE era a sexta maior fabricante mundial de celulares em termos de volume, atrás de Nokia, Samsung Electronics, LG Electronics, Apple e Research In Motion, de acordo com o grupo de pesquisa Gartner.
/ Melanie Lee (REUTERS)