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Cinco dicas tecnológicas (indispensáveis) para viajar

Nos grandes aeroportos, às vezes vemos três filas diferentes para as máquinas de raios X. São marcadas por um diamante preto (viajantes experientes que conhecem a rotina e já estão acostumados a tirar o laptop da mochila e descalçar os sapatos), um quadrado azul (viajantes casuais) e um círculo verde (famílias e pessoas que precisam de ajuda adicional).

Por Redação Link
Atualização:

Não sei se este sistema de seleção consegue de fato fazer com que alguém passe mais rápido pela fila. Mas me ocorreu que, se houvesse algo como uma fila do diamante preto para a tecnologia, é provavelmente nesta fila que eu estaria.

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Tenho acumulado cerca de 70 viagens anuais de ida e volta, e por isso acho que conheço o tema bastante bem. Desenvolvi uma verdadeira ciência da parte tecnológica do viajar. Eis aquilo que aprendi pelo caminho - dicas para aumentar ao máximo a eficiência dos voos e reduzir o sofrimento.

1. Use o TripIt.com. O TripIt é um fantástico site gratuito. Sempre que marcar um voo, fizer reservas num hotel ou alugar um carro pela rede, encaminhe o e-mail de confirmação ao endereçoplans at tripit.com. Num passe de mágica o serviço analisa as informações contidas no e-mail e registra todos os detalhes: telefones para confirmação, horários, datas, número dos voos e assim por diante.

A melhor parte: você pode assinar seu próprio canal de notícias TripIt, o que significa que a agenda do seu computador ou celular registrará automaticamente estas informações sobre os voos. Aqueles que ainda digitam manualmente as informações de seus voos e viagens na agenda do computador ou do celular estão desperdiçando muito tempo.

2. Use o FlightTrack Pro. Disponível para iPhone, iPad e Android, este aplicativo (US$ 10) é excelente. Ele exibe cada detalhe de cada voo: portão de embarque, tempo de atraso, número de contato da empresa aérea, a localização do voo no mapa, e mais. O programa sabe mais do que as próprias empresas aéreas, e obtém as informações antes delas.

Mais do que elas parecem dispostas a admitir, ao menos. É possível, por exemplo, abrir com um toque o histórico de pontualidade de um voo. É surpreendente perceber o quão raramente certos voos decolam e aterrissam no horário previsto. (Nunca vou me esquecer da vez em que o FlightTrack afirmou que meu voo decolaria com atraso de 55 minutos – durante o embarque! Sentei-me num banco na área do portão de embarque e, desafiador, continuei a trabalhar no laptop. Confiei nas informações mostradas pelo FlightTrack, mesmo enquanto os passageiros das últimas fileiras eram chamados para o embarque. Quando meus nervos pareciam não poder mais aguentar o suspense, a profecia se realizou: os passageiros começaram a sair do avião. Os funcionários do portão de embarque tinha finalmente ficado sabendo do atraso, e todos tiveram de desembarcar e esperar 55 minutos, exatamente como previsto pelo aplicativo.)

A melhor parte: o aplicativo sincroniza automaticamente as informações com o TripIt.com. Mais uma vez, somos poupados de inserir manualmente quaisquer informações.

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3. Faça check-in a partir do celular. Durante muito tempo, me perguntei por que cada empresa aérea tinha um aplicativo para iPhone ou Android para fazer o check-in. Será que exibir um código de barras no celular é tão melhor do que segurar um papelzinho chamado cartão de embarque impresso no quiosque do aeroporto?

(Francamente, não entendo nem mesmo a ideia de fazer check-in quando ainda estamos em casa. Se é possível fazer check-in antes mesmo de chegar ao aeroporto, por que não permitem que façamos check-in no momento da compra da passagem, e fim de papo? As passagens não costumam ser reembolsáveis; o que as empresas aéreas teriam a perder?)

Seja como for, finalmente experimentei o recurso. O aplicativo da Delta é o melhor dentre aqueles oferecidos. Abrimos o aplicativo – na véspera da viagem, por exemplo, ou mesmo no caminho até o aeroporto – e ele mostra automaticamente o voo que estamos prestes a tomar. É muito mais inteligente do que a maioria dos quiosques de empresas aéreas, que nos obrigam a informar manualmente as informações do voo antes de imprimir o cartão de embarque. (Não seria de se esperar que o computador soubesse qual será o nosso próximo voo numa determinada empresa aérea?)

No aplicativo da Delta, basta tocar no voo, tocar em Check-in, e pronto: seu “cartão de embarque” é exibido sob a forma de um imenso código QR (uma forma mais sofisticada de código de barras) em branco e preto. Na mesma tela, convenientemente, são exibidos o número do portão de embarque, número do assento, localização dentro do avião – e até o número de contato da Delta.

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Outras empresas aéreas contam com aplicativos semelhantes, mas nenhum deles é tão fluido nem apresenta design tão inteligente. O aplicativo da Continental, por exemplo, nos obriga a inserir o número do cartão de milhagem todas as vezes que fazemos check-in para um voo. (Adivinhe só, Continental: o número do meu cartão de milhagem não mudou desde a última vez!)

Independentemente de qual aplicativo de empresa aérea estejamos usando, o celular é usado como substituto do cartão de embarque. O aparelho é mostrado ao agente de segurança que monitora a fila do raios X, por exemplo. Quando chegamos ao representante da Autoridade de Segurança nos Transportes que confere o documento de identidade e o cartão de embarque, o celular deve ser posto com a tela para baixo sobre um pequeno leitor de vidro na mesa do funcionário, e então somos admitidos. É bem impressionante, na verdade. Seja como for, descobri muitas vantagens em fazer o check-in pelo celular. Primeiro, a chance de perder o cartão de embarque é mínima. Segundo, economizamos papel e deixamos de produzir lixo.

Terceiro, certas empresas aéreas como Delta e United nos transferem automaticamente para a primeira classe se estivermos inscritos no programa de milhas e se houver espaço no avião. De acordo com a minha experiência, ao fazer check-in antecipadamente, usando o celular, temos mais chance de conseguir um desses benefícios gratuitos. Ficamos assim na frente de todos aqueles que só fazem o check-in ao chegar no aeroporto.

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4. Use o Kayak e o FlightAware. Devo mencionar também meus outros dois aplicativos favoritos para viajar. O Kayak (disponível gratuitamente para o iPhone e o Android) consiste num belo e ágil aplicativo para buscar voos – de todas as empresas aéreas. Ele não vende passagens, apenas nos ajuda a descobrir quais voos estão disponíveis. Adoro o seu filtro por Horário: é possível arrastar uma barra deslizante para restringir os horários de partida e chegada que interessam ao usuário.

FlightAware.com acompanha o progresso de um voo. (Há também o aplicativo Flightwise, parecido, para iPhone e Android.) Pode não ser algo que beneficie diretamente o viajante – mas, para aqueles que precisam apanhar alguém no aeroporto, a ferramenta é indispensável. É possível ver exatamente onde o avião está (num mapa) e saber exatamente quando ele vai pousar.

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5. Saiba quais voos são receptivos a laptops. Há atualmente cerca de 1.100 aviões nos EUA oferecendo durante o voo o serviço Wi-Fi da Gogo (US$ 13 para voos de costa a costa, preços mais baixos para distâncias menores, US$ 40 pelo acesso mensal ilimitado). A opção é mais comum nos voos de costa a costa de empresas como Alaska Airlines, American, Virgin, Delta, Frontier, US Airways e United. Pode-se usar o SeatGuru.com para descobrir se o seu voo contará com sinal Wi-Fi e tomadas elétricas. Mais importante, o site diz o quanto seu assento será apertado em relação às ofertas de outras empresas aéreas (basta clicar em “Tabelas Comparativas”).

As empresas aéreas que oferecem tomadas na classe econômica são Virgin (sempre), American e Continental (em alguns voos). Outras dicas dignas dos viajantes mais experientes do diamante preto, com base na minha experiência pessoal: a Delta recicla todos os copos e latas do serviço de bordo, e doa o dinheiro arrecadado com a reciclagem à organização Habitar for Humanity.

A Continental cobra US$ 7 pela programação exibida no seu canal interno durante os voos de costa a costa. E seus assentos próximos das saídas não são reclináveis. A Virgin oferece TV gratuita exibida na parte traseira dos assentos, iluminação e música bem bacanas, e uma tela de toque que permite ao passageiro pedir uma bebida ou lanche em qualquer momento do voo. Parece que United e Continental estão em processo de fusão, mas, enquanto isto não ocorre, as duas empresas estão fracassando miseravelmente na integração de suas operações. É possível comprar uma passagem da Continental e chegar no aeroporto errado do terminal por se tratar na verdade de um voo da United – ou vice-versa.

Aí está, amigos: o melhor de tudo que aprendi como frequentador assíduo dos aeroportos americanos. Peço que complementem as recomendações na seção de comentário, por favor.

/Tradução por Augusto Calil

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Publicado originalmente em 04/08/2011

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