Cinemateca colocará acervo na rede

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Por Rodrigo Martins
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O acervo da Cinemateca Brasileira irá ganhar a internet. Anunciado ontem em solenidade em Brasília, o projeto, que contará com financiamento de R$ 5 milhões do BNDES e dos Ministérios da Cultura e da Ciência e Tecnologia, irá permitir assistir de graça arquivos históricos da TV e do cinema brasileiros.

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De acordo com o diretor da Cinemateca, Carlos Magalhães, ainda não há uma data definida para a estreia do material na web. “Mas deve ser até o final do ano. Não irá estrear tudo de uma vez só, iremos colocar aos poucos, conforme fomos digitalizando.” Segundo o diretor, não será necessariamente digitalizado todo o material da Cinemateca. “Vamos ter materiais jornalísticos, cinematográficos, antigos e contemporâneos. E vamos dar prioridade nessa digitalização para os arquivos mais degradados pelo tempo.”

Entre as relíquias que estão na Cinemateca e devem ser digitalizadas, está parte do acervo da extinta TV Tupi, como o noticioso Jornal Esso, com conteúdo dos anos 60, e programas de entretenimento, como os do Chacrinha. Há também cinejornais e filmes da Atlântida, famosa produtora de chanchadas. O material deve ser disponibilizado gradualmente.

Segundo o ministro da Cultura, Juca Ferreira, o projeto faz parte de uma diretriz do governo para recuperar e tornar acessíveis acervos históricos. “Como a vida útil de filmes, por exemplo, é finita, podemos em digital fazer com que não se percam ou estraguem. E, na internet, esse material poderá chegar a públicos que não podiam antes, por exemplo, estar fisicamente na Cinemateca, por exemplo.”

Por questões de direitos autorais, de forma gratuita, o material estará disponível em baixa resolução para visualização. “Mas estamos estudando também disponibilizar em alta, para vender para quem quiser fazer uso comercial desse conteúdo ou mesmo para disponibilizar diretamente para universidades que queiram utilizar para fins educacionais.”

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