Coleção de dados

Ao aceitar as regras dos serviços online, usuário concorda que informações podem ser usadas até por terceiros

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Por Vinicius Felix
Atualização:

Ao aceitar as regras dos serviços online, usuário concorda que informações podem ser usadas até por terceiros

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Além de todas as informações que você publica online porque deseja – fotos, textos, e-mails – as empresas recolhem uma avalanche de informações pessoais suas de maneira automática, logo após você aceitar os termos de uso e a política de privacidade delas ao entrar para um serviço.

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O Google, por exemplo, coleta dados fornecidos por você mesmo, como nome, endereço de e-mail, número de telefone ou cartão de crédito e também informações armazenadas automaticamente, como informações do seu dispositivo, seu registro e localização. Só o Skype contabiliza 18 categorias diferentes dos tipos de informações que coleta de você.

As especificações de cada empresa quanto ao que é coletado estão disponíveis nos termos de privacidade, embora poucas pessoas realmente atentem para os detalhes. Alguns textos são mais claros e objetivos, outros são mais longos e complicados, mas todos devem ser lidos com atenção. Afinal, se trata de um acordo com valor legal.

“É a partir dos termos de uso que você vai afirmar se uma atitude dos sites é abusiva ou não”, diz o advogado Victor Haikal, especializado em direito digital.

Leitura atenta. Serviços maiores como o Google e o Facebook, que recolhem uma quantidade maior de dados, exigem atenção redobrada, já que podem guardar informações sigilosas, conteúdos de seus e-mails, etc.

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Já serviços mais práticos, como WhatsApp, são mais simples. Seus termos informam claramente que o aplicativo não retém em seus servidores nenhuma mensagem transferida entre os usuários.

Toda mensagem enviada pelo serviço é apagada imediatamente depois de ser transmitida e entregue. Uma mensagem que não chega ao destino fica guardada no máximo por 30 dias. Devido a todos os riscos envolvendo um possível constrangimento ou o vazamento de informações sigilosas eles avisam: “Use este aplicativo apenas por diversão”.

Segurança. Já é claro que os dados públicos na internet são incontroláveis. E as empresas têm consciência disso. As regras de privacidade dos serviços enfatizam: não iremos nos responsabilizar pela atividade de terceiros, nem pelo uso indevido por parte do usuários.

Isso não significa que as empresas sejam irresponsáveis, como esclarece Haikal: “Eles dizem que não podem garantir a segurança dos dados por causa da possibilidade de um ataque, por exemplo, uma invasão de um computador, mas não é porque existe esse potencial de risco que eles não tomam precauções necessárias”.

Afinal, não é de interesse das empresas online, principalmente de redes sociais, manchar a relação de confiança com os usuários. Para o especialista na área, Kurt Opshal, a força da política de privacidade está diretamente relacionada à confiança do usuário na ferramenta. Embora, em sua opinião, essas políticas funcionem mais como um termo de limites de responsabilidades do que uma real promessa de proteção do que é sigiloso.

Clique na imagem para ver os detalhes de como cada serviço usa seus dados:

 Foto:

—-Leia mais:Os donos dos seus rastros • É possível sair das redes sociais? • Link no papel – 7/1/2013

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