“Não é possível que o Twitter não sirva para uma coisa útil. Como essa ferramenta pode ser usada em uma emergência?”, diz. Na mesma hora, Cristiana correu para o Twitter. E, em vez de lamentar a tragédia, fez um chamado: quem poderia ajudar a criar um projeto online para ajudar as pessoas e cidades atingidas por enchentes?
Era sábado a noite, mas as hashtags #enchentes e #projetoenchentes começaram a mobilizar publicitários, comunicadores, desenvolvedores. Idéias começaram a surgir. Uma plataforma em WordPress começou a ser desenvolvida.
“A idéia principal é a prestação de serviços. Como médicos podem ajudar? Como publicitários podem ajudar?”, diz ela, que foi dormir de madrugada reunindo ideias para formatar o projeto.
Batizado provisioriamente de Projeto Enchentes, a ideia é uma “malha digital” que servirá como suporte à áreas atingidas. Na prática, o site terá mapas (do Google Maps) das áreas atingidas, das áreas de risco e também de lugares seguros e abrigos.
O site também funcionará como centralizador de notícias de jornais e também de relatos enviados pelos próprios usuários sobre os acontecimentos. A ferramenta terá os contatos dos órgãos públicos que podem ajudar: defesa civil, bombeiros, hospitais. E, por fim, terá uma seção de doação e voluntariado – a idéia é, inclusive, fazer um rastreamento desse tipo de ajuda para evitar desvios e desperdícios.
O projeto ainda está nascendo. Toda a discussão está acontecendo no Twitter, sob a mediação da própria Cristiana. Se você tem boas idéias sobre como as redes sociais podem ajudar nessas horas difíceis, Cris avisa que aceita sugestões e pitacos no próprio Twitter: @cristalk.
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