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Como seria a sua TV ideal?

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Por Redação
Atualização:

A proposta aqui do blog não é apenas indicar vídeos bacanas, mas também debater um pouco sobre televisão e novas mídias. Há um mês, joguei uma pergunta inocentemente no Twitter. Na época, a última temporada de Lost estava estreando na AXN com apenas uma semana de atraso em relação a exibição americana. Minha pergunta foi a seguinte:

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Até hoje recebo comentários sobre essa pergunta, por incrível que pareça -  muitos blogueiros de TV e fã das produções americanas me “seguem”. Após ler tantos replies (mais de 100!), pude chegar a algumas conclusões sobre como seria a TV brasileira atual. Impossível generalizar, óbvio, mas vale ficar atento às questões abaixo.

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- Tradução simultânea: nos sites de live streaming isso já ocorre de maneira ilegal. Para quem domina o inglês, seria ótimo mesmo. Mas é uma opção quase impossível devido ao fuso horário, direitos autorais e etc. Além do mais, não existiria mais o conceito de horário nobre (o que prejudicaria a publicidade e todo um modelo de mercado). Nos EUA mesmo, com o enorme fuso horário que há entre as costas leste e oeste, a programação televisiva não é simultânea. Imagina então ao redor do mundo?

- Uma semana de intervalo: muita gente gostou da ideia. Tirando os fãs de Lost, claro, que sabem que é impossível esperar 7 dias por um novo episódio (o número de spoilers seria imenso). O negócio é que baixar seriados é um processo trabalhoso, pouco importa o fato de ser algo “fora da lei”. No mundo dos downloads espera-se uns bons minutos ou horas pelo arquivo do vídeo, e depois pelo o da legenda. Quem quiser ver o conteúdo baixado na televisão terá de usar periféricos externos ou ligar o o computador à TV. É muita coisa! Por isso, 90% das pessoas aprovam o intervalo de uma semana. Mas daí, é claro, que os canais fechados teriam de se comprometer a não reprisar tanto as produções, realmente seguindo o calendário americano.

- Gravadores digitais: esse foi hors concours. O que a internet mostrou é que o telespectador quer a opção de assistir televisão quando desejar. Por isso, muitas pessoas baixam até conteúdo nacional! A postura deixou de ser passiva há muito tempo. A opção ideal seria o barateamento dos gravadores e sintonizadores digitais. A NET e a Sky têm modelos assim, mas eles são muito caros, assim como modelos mais avançados de televisores, com HD interno. A TV digital seria uma opção viável, mas alguém ainda lembra que ela existe?

- Conteúdo em alta definição: para os twitteiros, faltam canais fechados em HD no Brasil. E é verdade, principalmente para quem gosta de séries: só a Fox tem um canal, mas com programação que se mistura com a NatGeo. A Warner, aliás, promete lançar um canal em alta definição até o final do ano. Segundo o pessoal, ter na TV fechada suas produções prediletas com uma excelente qualidade de imagem seria um ótimo negócio. Vale lembrar que muita gente já baixa seriados em 72op e até em Blu-ray para vê-los em seus televisores de 42 polegadas. É aquela história: a pirataria sempre aponta os rumos do mercado “oficial”.

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- Multiplataforma: que tal gravar sua série no gravador digital e depois transferi-lá para o iPod? Pois é, a turma também quer isso. Essa realidade já chegou à indústria musical – o próprio iTunes vende faixas sem DRM para que elas possam ser copiadas depois no computador,  nocelular e por aí vai.  A real é que hoje a comunicação precisa ser móvel, e a televisão entra nessa. Para os internautas, é obrigatório que a TV disponibilize sua programação na internet, seja por transmissão de streaming ao vivo ou por on demand.

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