PUBLICIDADE

Conversa irritante

Pesquisadores americanos acreditam ter descoberto por que é tão irritante ouvir alguém falando ao telefone

Por Agências
Atualização:

Você já tentou compreender por que ouvir ao acaso uma conversa no celular pode ser tão irritante? Pesquisadores norte-americanos consideram ter encontrado a resposta.

PUBLICIDADE

Seja no escritório, em um trem ou no carro, apenas metade da conversa é ouvida, o que requer mais atenção e concentração do que ouvir duas pessoas conversando, de acordo com cientistas da Cornell University.

“Temos menos controle quanto a desviar nossa atenção de meia conversa do que quando ouvimos um diálogo,” disse Lauren Emberson, co-autora do estudo que será publicado pela revista Psychological Science.

“Como meias conversas causam mais distração e é mais difícil ignorá-las, isso pode explicar porque as pessoas se irritam,” disse ela, em entrevista.

No ano passado, os norte-americanos passaram 2,3 trilhões de minutos falando em celulares, de acordo com a CTIA, associação de telefonia móvel dos Estados Unidos – um avanço de 900 por cento ante o total do ano 2000.

Existem 4,6 bilhões de assinantes de serviços de telefonia móvel no mundo, de acordo com a União Internacional de Telecomunicações, uma agência das Nações Unidas. Isso equivale a dois terços da população mundial, restando poucos lugares no planeta que não estejam ocupados por pessoas equipadas com celulares.

A China tem o maior número de usuários de celulares, com 634 milhões, seguida pela Índia, com 545 milhões, e pelos EUA, com 270 milhões, de acordo com dados da Central Intelligence Agency (CIA) norte-americana.

Publicidade

Emberson disse que as pessoas tentam compreender a parte da conversa que estão ouvindo e prever o que o participante dirá em seguida.

“Se você ouve meia conversa, recebe menos informação e não é capaz de prever com a mesma eficiência,” segundo ela. “Isso requer mais atenção.”

As constatações de Emberson e de seu co-autor, Michael Goldstein, se baseiam em pesquisa envolvendo 41 universitários que realizaram exercícios de concentração, por exemplo, acompanhar o movimento de pontinhos, enquanto ouviam conversas telefônicas –por inteiro ou apenas um dos lados.

Os estudantes cometiam mais erros ao ouvir um lado da conversa do que ao ouvi-la por inteiro.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.