PUBLICIDADE

De site renovado; Cosac Naify oferece 'Flores'; do mexicano Mario Bellatin; para download

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

No começo deste mês a Cosac Naify, conhecida pelas suas caprichadas edições em papel, colocou no ar seu novo site (imagem acima), recheado de novidades. O destaque fica para o blog, que atualmente oferece um capítulo inédito do clássico ‘Guerra e Paz’, de Tolstói, em nova versão de Rubens Figueiredo. O lançamento do livro está previsto para novembro de 2010 e a editora promete adiantar, no blog, outros trechos de livros, além de curiosidades sobre a escolha das capas e detalhes sobre os próximos lançamentos. Mas, há muito mais no novo site, como a nova Loja Virtual e a seção Raríssimos, voltada a bibliófilos.

 Foto: Estadão

PUBLICIDADE

Em entrevista, Daniela Senador, gerente de mídias digitais da Cosac Naify, contou que a editora pretende “criar uma espécie de ‘biblioteca de downloads’ na qual oferecerá periodicamente um livro de seu catálogo para (as pessoas) baixarem na íntegra”. Além disso, ela falou sobre Kindle, Google Books, pirataria e escritores iniciantes. Alguns dos principais trechos da entrevista, você confere aí embaixo:

“Considero as mudanças (promovidas pela internet e as novas tecnologias) favoráveis porque potencializam o livro como produto em seu próprio mercado tornando o seu conteúdo mais acessível a diversos perfis de público. Não acredito que as mudanças impressas pela web e novas tecnologias estejam oprimindo a indústria do livro nem que ferramentas como Kindle concorram com o livro físico. Talvez colaborem para incentivar ainda mais a leitura”, afirmou.

“Certamente a internet oferece aos escritores iniciantes diversas possibilidades para que possam ter o seu trabalho mais conhecido e discutido, e não apenas restrito à avaliação de amigos. Blogs são as ferramentas que mais se destacam pela acessibilidade, visibilidade e interatividade que oferecem aos escritores-internautas. Tendo em vista este cenário não há como negar que a maneira de encontrar/descobrir um novo escritor e interagir com ele mudou”, contou.

“Uma obra protegida por direitos autorais que é apropriada indevidamente por um usuário e difundida na rede é considerada pirateada. Porém, não é qualquer troca que pode ser considerada pirataria até mesmo porque hoje as obras podem ser registradas em Creative Commons. É certo que detentores de diretos que têm a sua obra violada perdem com as facilidades oferecidas pela rede, mas, no caso de obras que possam circular, a ampliação da difusão só tende a contribuir para que se tornem conhecidas”, afirmou.

E continuou: “Discordo que a difusão ilegal de arquivos na internet provoque diminuição considerável na venda de livros. Pesquisadores que tenham acesso aos arquivos talvez tenham mais facilidade para encontrar o assunto específico que estudam pelo fato de chegarem até ele rapidamente acionando a busca. No entanto, a experiência de ler um livro digital não substitui a de ler um impresso. Não há concorrência entre ambos e também por isso a editora não ignora outras possibilidades de rendas futuras como as provenientes de downloads de livros na integra no Google Books (por exemplo)”.

Esta entrevista é a primeira de uma série que o Link vai publicar com executivos das principais editoras e escritores sobre os desafios dos livros na era digital

Publicidade

Leia também:Barnes & Noble prepara lançamento de leitor de e-books Ediouro terá acervo completo no Google Books Google vai lançar livraria online

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.