Dona do Snapchat deve publicar pedido de abertura de capital nesta semana

Em relatório, Snap vai abrir pela primeira vez dados como receita anual e número de usuários; previsão é de que IPO aconteça em março

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Por Agências
Atualização:
Snapchat busca aumentar seu alcance e penetração no mercado Foto: Reuters

A Snap, empresa responsável pelo aplicativo Snpachat, deve revelar nesta semana um relatório financeiro com informações importantes, como receita anual e quantidade de usuários. É mais um passo no processo da empresa para abrir seu capital, disseram fontes familiarizadas com o assunto. 

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Baseada em Venice, longe do Vale do Silício, a companhia deve publicar o documento que secretamente enviou às autoridades regulatórias no último outono, contendo um dossiê de suas finanças e também seus planos para operar como uma empresa listada na bolsa. 

As fontes, que pediram para não serem identificadas, disseram que os planos da empresa ainda podem mudar. Procurado, o Snap se negou a comentar o assunto. 

Em um dos IPOs (processo de abertura de capital, em inglês) de tecnologia mais esperados dos últimos anos, o Snap pode se tornar uma empresa pública em março, em uma avaliação que pode variar entre US$ 20 bilhões e US$ 25 bilhões, baseada em relatórios de sua última rodada de financiamento. Se conquistar essa avaliação, o Snap terá o maior IPO de tecnologia norte-americano desde o Facebook, em 2012. 

Em novembro de 2016, a empresa confidencialmente já preencheu o primeiro formulário para se tornar apta a abrir capital. Normalmente, esse processo é público, mas o Snapchat pode se encaixar pois tem menos de US$ 1 bilhão de receita anual. 

Antes de abrir seu capital, uma empresa deve entregar um documento chamado prospecto (conhecido nos EUA como S-1), disponível ao público ao menos 15 dias antes de começar seu "road show", espécie de turnê na qual se exibe aos investidores. O prospecto mostra detalhes das operações, finanças e governança corporativa das empresas. Em alguns casos, é comum que as empresas atualizem seus relatórios diversas vezes antes de abrir capital, tentando atrair maior atenção dos investidores. 

No caso do Snapchat, as ações oferecidas na abertura de capital deveram ser preferenciais – nas quais os acionistas não tem direito a voto. É uma estratégia usada por outras empresas de tecnologia, como Google e Facebook, para deixar mais controle na mão do conselho e dos fundadores – no caso, os americanos Evan Spiegel e Bobby Murphy. 

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Fundado em 2012, o Snapchat é um aplicativo gratuito que permite o envio de fotos que se apagam em segundos. O app tem mais de 100 milhões de usuários ativos mensalmente – 60% deles, dizem estimativas, têm entre 13 e 24 anos. 

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