Downloads ilimitados no iTunes

Apple negocia para que clientes do iTunes possam baixar o mp3 que compraram quantas vezes quiserem

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Por Rafael Cabral
Atualização:
 

A Apple está pressionando gravadoras como a Warner Music, EMI, Sony e Vivendi a permitir que usuários possam fazer downloads ilimitados das músicas que compram no iTunes, a loja de mídia da empresa. A reportagem que espalhou o rumor é da Bloomberg, citando “três pessoas que conhecem os planos da companhia”, todas anônimas.

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Lançado na era do mp3, o iTunes tem perdido muito do seu espaço para sites de streaming com usabilidade muito mais simples que ou são gratuitos ou cobram uma pequena taxa para que o usuário ouça música ilimitada quando, onde e como quiser. É o caso do Groovershark, do Pandora e do Spotify, que acabou de levantar US$ 100 milhões em um rodada de financiamento e promete expandir o seu sucesso da Europa para os Estados Unidos.

O programa de downloads pagos da Apple oferece segurança (principal motivo de ter dado certo nos Estados Unidos, inicialmente), mas não vem sendo atualizado como deveria. Desde que a Apple comprou a start-up de música por streaming Lala em dezembro de 2009, estipula-se que algo parecido possa aparecer como uma alternativa ao iTunes, mas por enquanto nada saiu. O máximo que fizeram foi aumentar os previews de músicas para 90 segundos e inventar uma espécie de rede social interna, o Ping.

Hoje, se o computador de um cliente do iTunes pifar e ele perder tudo que tem no HD, terá que comprar novamente todas as músicas que tinha em seu arquivo. O que a Apple quer mudar é justamente isso, permitindo que quem já adquiriu uma canção possa baixá-la quantas vezes quiser e espalhá-la por todos os seus dispositivos portáteis – de preferência no iPod, iPhone e iPad.

A questão é: ainda faz tanto sentido assim pagar para baixar música quando com um click ou dois você pode ouvir o disco que quiser em um serviço de streaming, pagando apenas com a publicidade que assiste?

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