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E3 2018: Microsoft traz novos Gears of War, Forza e Halo em conferência peso-pesado

Empresa trouxe anúncios de 50 jogos e mais de dez exclusivos para reforçar competição contra a Sony; além disso, divulgou aquisição de cinco novos estúdios para criar seus próprios títulos

Por Bruno Capelas
Atualização:
Conferência da Microsoft teve mais de 50 jogos, com direito a 18 exclusivos, e anúncio de aquisição de cinco novos estúdios para os Microsoft Studios Foto: Bruno Capelas/Estadão

Nos últimos anos, a Microsoft foi a empresa que mais trouxe novidades em termos de hardware e serviços em suas conferências na E3, a maior feira de games do mundo: há o serviço de assinatura de jogos Game Pass, dois novos consoles (Xbox One S e X) e a possibilidade de jogar games dos antigos aparelhos da empresa. Mas faltavam jogos -- e eles vieram em 2018, em uma apresentação neste domingo, 10, marcada por muitos e muitos títulos. 

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Foram cerca de 50 games diferentes apresentados -- um a cada dois minutos de evento, na média --, muitos deles exclusivos ou em primeira mão. E não foi apenas em quantidade que a empresa se esmerou, mas também em grandes marcas. As principais franquias do Xbox, como Halo, Gears of War e Forza, terão novos jogos ao longo dos próximos dois anos, assim como títulos de empresas parceiras que apareceram no palco do Microsoft Theater, em Los Angeles -- caso de Devil May Cry 5, da Capcom, The Division 2, da Ubisoft, ou o recém-anunciado Cyberpunk 2077, da polonesa CD Projekt Red, criadora da sensação The Witcher 3. 

A estratégia não é à toa: apesar de faturar bem e ter bons serviços, a Microsoft ainda está bem atrás da rival Sony no mercado de consoles; estimativas dão conta de que o Xbox One não chegou nem na metade da quantidade dos 76,5 milhões de consoles vendidos do PlayStation 4. Para faturar mais, seja vendendo mais Xbox One ou atraindo jogadores para seus serviços, ela precisava mostrar jogos que justificassem a adesão dos usuários. 

Isso, claro, sem deixar de pensar no futuro: em uma frase rápida e sem grandes explicações, Phil Spencer, o chefão de Xbox dentro da Microsoft, disse que a empresa já está pensando em um próximo console -- ainda sem data de lançamento prevista ou qualquer característica adiantada. Cenas dos próximos capítulos provavelmente só no ano que vem, em uma nova E3. 

Exclusivos. Foram ao todo 18 jogos exclusivos, embora a maioria deles não seja exatamente inesperada por parte da Microsoft. Como em todos os anos, há um novo jogo da série de corrida Forza -- dessa vez, trata-se de Forza Horizon 4, que usará as paisagens da Inglaterra para trazer jogabilidade em mundo aberto a partir de 2 de outubro. Outra grande série da empresa, Halo, está de volta como Halo Infinite, que chega ao mercado em 2019. 

Também para 2019 ficou outra franquia amada pelos fãs: Gears of War, que chega ao seu quinto jogo. A saga de tiro em terceira pessoa também inspirou dois novos títulos: Gears POP, que mescla os personagens da franquia com os bonecos da marca Funko Pop, e Gears Tactics, que terá uma pegada de estratégia e será exclusivo para os PCs. 

Outro belo exclusivo que deu as caras nessa conferência foi Ori and the Will of the Wisps, segundo jogo da saga do fofo Ori, também previsto para o ano que vem. A maior surpresa, porém, ficou por conta de Battletoads, os carismáticos sapos que tiveram um jogo para o NES nos anos 1980 -- agora, eles terão uma nova aventura, produzida pela britânica Rare e prevista para 2019. Além disso, houve diversos anúncios do ID@Xbox, divisão de jogos independentes da empresa, com destaque para Tunic, game fofo sobre uma raposa que "está em um mundo que não é feito para ela". 

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Mais que exclusivos, porém, a Microsoft anunciou a aquisição de cinco novos estúdios para seu time de desenvolvimento de jogos, o Microsoft Studios. Entre eles, estão atuais parceiros da empresa, como a Playground Games (de Forza Horizon) e Compulsion (de We Happy Few, game de aventura com visual que lembra Laranja Mecânica e sai em 10 de agosto). Mas há também novos nomes, caso da Ninja Theory, responsável pelo sucesso de 2017 Hellblade: Senua's Sacrifice. "Todos esses estúdios vão ter recursos e independência para novas histórias e aventuras incríveis", disse Phil Spencer, líder da divisão de Xbox na Microsoft. 

Parcerias. Houve jogos na conferência da Microsoft que chamaram tanta atenção quanto os exclusivos da empresa. Foi o caso de Cyberpunk 2077, o esperado novo projeto da polonesa CD Projekt Red: situado em um mundo futurista, o trailer do game mostrou diversas possibilidades de interação e dá pistas de que será tão complexo quanto The Witcher 3: Wild Hunt, lançado em 2015. 

Outro game que chamou a atenção em Los Angeles foi Jump Force, novidade da Bandai Namco que terá personagens de animes japoneses, como Naruto e Dragon Ball. Ainda no campo oriental, foi bastante aplaudido o anúncio de Devil May Cry 5, da Capcom -- a série não recebia um jogo novo há dez anos. Isso para não falar nos pós-apocalípticos The Division 2, da Ubisoft, que terá batalhas de tiro em uma Washington D.C. sitiada, ou em Dying Light 2, com zumbis infestando ainda mais a vida do jogador. 

Houve também o primeiro trailer de Kingdom Hearts III, da Square Enix, que mistura o universo da Disney com Final Fantasy e será lançado em 29 de janeiro de 2019 para PS4, Xbox One e PC. Além disso, a From Software, da série Souls, mostrou Sekiro: Shadows Die Twice, que adapta os combates conhecidos da empresa para o universo dos samurais, e que será publicado pela Activision em 2019. 

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Biblioteca. Houve também espaço para a Microsoft falar sobre o Game Pass, seu serviço de assinatura de videogames que é uma das meninas dos olhos de Phil Spencer -- hoje, por R$ 30, é possível ter acesso mensal a uma biblioteca de mais de 100 jogos. Em Los Angeles, a empresa prometeu que levará Forza Horizon 4 e Crackdown 3, dois de seus aguardados exclusivos, ao Game Pass no dia do lançamento dos jogos. 

Além disso, anunciou que terá Fallout 4 e The Division disponíveis no serviço ainda neste domingo, 10. "O Game Pass quer resolver o problema de você ter que optar entre um ou outro game", disse Ashley Speicher, engenheira responsável pelo serviço. É uma estratégia interessante, que pode mudar o mercado em alguns anos. Por enquanto, melhor focar mesmo nos jogos -- e isso a Microsoft fez bem. 

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