Editoras de e-books são investigadas na Europa

Comissão Europeia investiga formação de cartel para manipular os preços dos livros digitais

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Por Agências
Atualização:

As autoridades antitruste da União Europeia, que estão investigando editoras de livros eletrônicos, realizaram buscas nas sedes de diversas empresas por suspeita de manipulação de preços e se uniram a outras organizações regulatórias que estão investigando acordos entre editoras e o varejo do setor.

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A Comissão Europeia anunciou nesta quarta-feira, 2, a realização de buscas em empresas de diversos países membros, mas não identificou as companhias ou países envolvidos na operação de ontem.

“A Comissão tem motivo para acreditar que as empresas envolvidas podem ter violado as regras antitruste da União Europeia que proíbem cartéis e outras práticas restritivas de negócios,” dizia o comunicado da organização.

O Escritório de Comércio Legal (OFT) do Reino Unido, em resposta a queixas, iniciou em janeiro um inquérito sobre os arranjos para vendas de livros eletrônicos entre certas editoras e certos grupos de varejo, para determinar se violavam as regras de competição.

“Estamos trabalhando em estreito contato com o OFT e cientes de suas investigações,” disse Amelia Torres, porta-voz da Comissão Europeia.

Entre as empresas envolvidas no comércio de livros eletrônicos estão a alemã Bertelsmann, as britânicas Pearson e Bloomsbury Publishing, e a francesa Hachette Livre, subsidiária da Lagardère.

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A divisão Penguin, da Pearson, e a Harper Collins, editora da News Corp, estão sob investigação pelo OFT mas disseram não ter sofrido buscas pelas autoridades da União Europeia.

A maior editora do mundo, a Random House, e as demais subsidiárias da Bertelsmann também não foram abordadas pela Comissão, de acordo com Andreas Grafemeyer, porta-voz da empresa.

A editora Bloomsbury não quis comentar de imediato.

Aparelhos como o Kindle, da Amazon.com, o iPad, da Apple, e os leitores eletrônicos da Sony criaram um mercado rapidamente crescente para os livros eletrônicos, que em geral são vendidos por preço inferior ao das edições impressas.

Nos Estados Unidos, a secretaria de Justiça de Connecticut iniciou em outubro investigações sobre o acordo entre Amazon e Apple com editoras para oferecer livros eletrônicos a baixo custo, alegando que isso poderia impedir rivais de oferecer preços atraentes.

/ Foo Yun Chee e Kate Holton (REUTERS)

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