Grupo de estudantes austríacos força Facebook a adequar regras de privacidade
Em dezembro, a rede aceitou reformular suas regras de privacidade para mais de meio bilhão de usuários fora da América do Norte, depois de uma investigação de três meses que determinou que elas eram complexas demais e que faltava transparência.
“Essa questão de acesso (a dados) bem como a revelação sobre todas as categorias de dados dos usuários que eles acumulam é algo em que vimos certo progresso”, disse Max Schrems, porta-voz do grupo Europe Versus Facebook, depois de uma reunião com representantes do Facebook em Viena, na terça, 7.
“A questão principal é que eles têm recursos limitados, especialmente para os pedidos de acesso. Tenho a sensação de que estão imaginando se conseguirão se safar sem oferecer acesso pleno aos dados brutos que têm acumulados”, disse.
O inquérito do Irish Data Protection Commissioner (DPC), na sede internacional do grupo norte-americano, em Dublin, determinou que os usuários corriam risco de ver a divulgação de detalhes pessoais sem que isso fosse autorizado.
Schems declarou ser “absurdo” que um grupo de cidadãos privados tivesse a missão de forçar uma companhia multinacional como o Facebook a respeitar as normas de privacidade, mas disse que a União Europeia provavelmente assumiria papel mais ativo quanto a isso no futuro.
O grupo apresentou 22 queixas contra o Facebook, tendo por base alegações de que a empresa acumula dados pessoais sem autorização dos usuários, ou que estes imaginavam ter excluído.
/REUTERS