Empresa cria 'área VIP' do Instagram para perfis com muitos seguidores

O The Status Club exige um mínimo de 2 mil seguidores para aceitar o ingresso de usuários do Instagram na seleta rede

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Por Matheus Mans
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Um número mínimo de dois mil seguidores no Instagram. Essa é a condição para fazer parte do The Status Club, um site que conecta pessoas consideradas influentes na rede social com estabelecimentos que desejam ter publicidade em perfis com um grande número de seguidores.

Segundo o site da empresa, para ingressar no seleto clube, além de mais de 2 mil seguidores, o perfil deve estar seguindo menos de 1 mil e ser pessoal — não de uma empresa ou personagem. Além disso, as fotos devem ser curtidas por 5% do total de seguidores e ter boa qualidade.

Preenchendo estes requisitos, o usuário já pode passar por uma outra avaliação para ter o Status Card, uma espécie de comprovante de participação no clube. Com 2 mil seguidores, a pessoa recebe o Gold. Com mais de 10 mil, o Diamond.

Os cartões permitem ao usuário ter acesso à descontos em dezenas de estabelecimentos, sejam eles restaurantes, academias ou festas. Com isso, o The Status Club vira o intermediador de uma relação que já ocorre entre usuários populares e empresas dentro do Instagram: os donos de perfis recebem descontos em empresas — que variam de 10% à 100% — em troca de publicidade para estas.

Malú Moreira, estudante de administração,é uma associada e entusiasta do formato. Com mais de 40 mil seguidores, ela já usava o seu perfil para divulgar empresas e capitalizar dentro do Instagram. “Os estabelecimentos já procuravam usuários influentes para divulgar marcas e produtos. Porém, não são todos que sabem mexer com mídias sociais”, comenta. “O The Status Club surgiu para criar esse link entre empresa e as pessoas influentes na rede social.”

O entusiasmo também é compartilhado pelas empresas parceiras do The Status Club. Vinicius Oliveira, do restaurante carioca Brothers Burger, firmou a parceria há três meses e calcula ter recebido dez pessoas com o Status Card. E, para ele, o futuro do site é promissor. “O programa cria uma divulgação boca a boca muito forte. E eu acredito nisso”, diz.

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O Status Club foi criado por Yago Lopes, Victor Sidoni e Rodrigo Lopes. Yago conta que conhecia um clube específico para pessoas com renda acima de R$ 25 mil. Ele, porém, não podia entrar. Resolveu, então, criar o seu próprio clube. “Eu me perguntei: porque não criar um clube para pessoas famosas, influentes? Afinal, é o meu meio”, conta.

Victor ressalta que, além da quantidade de seguidores, existem ainda outros critérios que determinam a aprovação de um perfil. “Só 10% das pessoas que se candidatam conseguem entrar no Status Club”, diz. “Afinal, a pessoa precisa ser formadora de opinião, influente. Se não for, não teria motivo para os estabelecimentos desejarem ela lá.”

Segundo Sidoni, a rede cresce bem. “Reunimos pessoas que nunca tinham se reunido antes. E aí a divulgação foi no boca a boca. Afinal, todo mundo quer ser exclusivo, quer entrar nesse clube seleto.” E sobre as empresas parceiras, Victor mostrou que a adesão foi natural. “No começo, nós selecionamos estabelecimentos badalados, onde as pessoas iam para tirar onda. Logo depois, outros estabelecimentos viram isso e começaram a nos procurar.”

Esses estabelecimentos, aliás, que fazem o The Status Club render para os sócios. “O dono do estabelecimento pede 10 pessoas do Status Club no mês e paga uma média de R$25 por cada uma”, revela Victor.

O negócio, atualmente, está localizado apenas no Rio de Janeiro. Nas próximas semanas, porém, os estabelecimentos parceiros devem chegar em São Paulo, trazendo novos associados e aumentando o número de integrantes do seleto clube de instagrammers.

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