Cidade-Estado asiática estuda projeto de lei que obriga empresas de internet a obter licença para funcionar
CINGAPURA – O movimento de Cingapura para apertar a regulação dos sites de notícias, já sob ataque dos blogueiros e grupos de direitos humanos, tem atraído críticas inesperadas das grandes empresas de internet com forte presença na cidade-Estado, que dizem que as novas regras vão prejudicar a indústria.
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Gigantes da web como Facebook, eBay, Googlee Yahoo disseram que as regras revistas “impactaram negativamente a imagem global de Cingapura como um país aberto e amigável aos negócios”.
Os comentários, feitos em uma carta ao Ministro das Comunicações e Informação, Yaacob Ibrahim, pela Coalizão de Internet da Ásia, um órgão da indústria, são o primeiro sinal de que o sucesso de Cingapura em cortejar os principais players não está garantido.
Google, eBay, Facebook e Yahoo têm uma presença importante na cidade-estado.
Google disse separadamente que estava preocupado com as implicações de longo prazo do regulamento — especialmente para os empresários de internet locais que, segundo a companhia, enfrentam agora maior incerteza e risco legal.
O ministro Yaacob, no entanto, disse ao Parlamento nesta segunda-feira que o seu ministério pretende avançar com a legislação, apesar dos apelos de parlamentares para atrasar a sua implementação, e rejeitou algumas das preocupações levantadas.
No final de maio, a Autoridade de Desenvolvimento de Mídia (MDA) disse que sites que divulgam informações regularmente sobre Cingapura teriam que ser licenciados e listou 10 sites de notícias afetados, com base em critérios como ter 50 mil visitantes únicos por mês a partir de Cingapura.
/ REUTERS