SÃO PAULO – Treinar diariamente, saber trabalhar em grupo, alcançar o seu melhor desempenho para superar o do concorrente e ganhar o primeiro lugar. Faz diferença se estamos falando de futebol, golf, xadrez ou do jogo eletrônico League of Legends? Para o presidente do maior canal de esportes do mundo, sim.
John Skipper, da ESPN, disse durante um evento do site Recode sobre mídia que e-sports, os chamados esportes eletrônicos, “não são um esporte – tratam-se de competições”. A frase saiu após terem-lhe pedido que comentasse a aquisição do site de tranmissão de jogos por streaming, o Twitch, pela Amazon por US$ 1 bilhão.
Skipper não mediu palavras e comparou toda a cultura competitiva de games a xadrez e dama, os quais são apontadas pelo executivo como “competições”, e não esportes.
“Sobretudo, estou interessado em cobrir (tradução por contexto; o termo original usado foi ‘doing’) esportes de verdade”, disse.
Campeonatos de jogadores de games eletrônicos movem milhões de pessoas e dólares. Alguns jogos populares em competições são League of Legends, Starcraft, Counter-Strike, Street Fighter e DotA 2.
Este último, um jogo de arena baseado em Warcraft III, organiza um torneio muito importante chamado The International. Na edição deste ano, uma grande novidade foi o anúncio de que a própria ESPN também faria a cobertura do evento, ao lado do Twitch, da Valve e de duas emissoras: uma chinesa e uma europeia. Só na internet, o público foi de 20 milhões.