Eu fui Mark Zuckerberg

Jesse Eisenberg, que viveu o empresário, diz que nunca o encontrou. E mais: não quer usar o Facebook

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Por Agências
Atualização:

Jesse Eisenberg nunca teve que correr atrás de trabalho. Ele estrelou diversos filmes durante a sua curta carreira na indústria do cinema, do terror de Zombieland ao alternativo A Lula e a Baleia. Agora com 26 anos, o ator se prepara para estrear no seu filme mais profissional, The Social Network (A Rede Social), em que interpreta o empresário Mark Zuckerberg, fundador do Facebook. O esperado longa-metragem chega aos cinemas dos Estados Unidos nesta sexta-feira.

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Dirigido por David Fincher (Clube da Luta), ele é baseado no livro The Accidental Billionaires: The Founding of Facebook (Bilionários Acidentais: A Fundação do Facebook, ainda não traduzido no Brasil), de Ben Mezrich. Ele não apenas retrata o começo do revolucionário site, mas também os processos judiciais que seus criadores enfrentaram e enfrentam. Eisenberg falou sobre viver Zuckerberg e porque ele, pessoalmente, não usa a rede social.

O filme é contado em três pontos de vista: o de Zuckerberg, o de seu então melhor amigo Eduardo Saverin e nos olhares dos gêmeos Tyler and Cameron Winklevoss. Com qual visão você mais concorda? Meu trabalho como ator foi o de defender o meu personagem, Mark Zuckerberg, todo santo dia durante seis meses, catorze horas por dia (que era o tempo de filmagem diária). Logo, nunca me questionei sobre aquilo que meu personagem era responsável ou no que estava certo. Era o meu trabalho. Se você para e pensa em todas as suas falas, é impossível representam o papel para o qual foi contratado.

Você chegou a se encontrar com Zuckerberg? Não, eu nunca o encontrei. Mas passei seis meses ouvindo a sua voz, toda manhã, no meu iPod.

Você não quis sentar com o homem antes de reprensentá-lo? Eu teria adorado, mas era impossível.

Qual a razão? Razões de bastidores. Acho que terei que manter o silêncio sobre isso, ao menos por enquanto [Zuckerberg se recusou a cooperar com os produtores do filme].

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Se a oportunidade surgisse agora, você se interessaria em falar com ele? Claro! Eu estaria muito interessado em conhecê-lo. Nas semanas finais da filmagem, meu primo conseguiu um ótimo trabalho no Facebook e agora anda por lá. Meu primo me disse que Mark não poderia ter sido mais gentil com ele.

Será que Mark sabia que estava empregando alguém que tinha um membro da família o retratando em Hollywood? Mark veio até ele em uma festa durante sua primeira semana em o trabalho e disse: ‘Eu acho que seu primo está brincando comigo em um filme, o que é muito lega’. Eu não poderia ter ouvido coisas melhores do meu primo tanto pessoalmente como profissionalmente sobre Mark. Coincide com o que eu sinto de tê-lo interpretado, também.

Você está no Facebook? Eu não uso o Facebook e nunca tive essa vontade antes de ler o script do filme. Mas eu entrei na rede durante a pré-produção e foi evidente pra mim porque ele é um fenômeno tão grande.

Por que não usá-lo? Acho que falo por muitos atores. Pessoas que são notadas em um ambiente público, como nós somos, dão mais valor para privacidade. Essa é a principal razão pela qual eu não estou no Facebook. Mas a minha mãe encontrou diversas amigos por lá.

Se você não fosse um ator, estaria cadastrado? Sim, eu tenho certeza disso. Quando a America Online foi lançada, com uma incarnação passada das redes sociais (os programas de mensagens instantâneas), eu era um garoto de 13 anos e eu e meus amigos voltávamos para casa e usávamos aquilo por horas e horas.

/BOB TOURTELLOTTE (REUTERS)

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