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EUA devem revisar regras para carros autônomos nos próximos meses

Empresas pedem flexibilização nas regras de segurança para acelerar testes; modelo de negócios também deve ser discutido

Por Agências
Atualização:
John Krafcik, diretor executivo da Waymo, unidade de carros autônomos da Alphabet, que controla o Google. Foto: Brett Carlsen/NYT

O governo Trump deve revelar regras atualizadas para carros autônomos nos próximos meses, disse o chefe do Departamento de Transportes dos Estados Unidos nessa segunda-feira, 6. "Há uma pressão para que o governo faça alguma coisa sobre carros autônomos", disse Elaine Chao, secretária de transportes dos EUA. 

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Nos últimos meses, empresas de tecnologia e de automóveis tem pedido por flexibilização nas regras para testes com carros autônomos. Segundo as empresas, um movimento nesse sentido pode ajudar os veículos sem motoristas a se tornarem comercialmente viáveis mais rápido. 

"Não queremos regras que impeçam avanços tecnológicos", disse a secretária, sem especificar as mudanças nas regras ou como elas mudariam do que está em voga atualmente, proposto pela administração Obama. 

Competição. A guerra dos carros autônomos tem se intensificado nos últimos meses, com empresas como Uber, Google, GM, Ford e Tesla fazendo avanços. "Mas precisamos de um ambiente regulatório mais concreto", disse Ken Washington, diretor de tecnologia da Ford.

Hoje, as regras de testes com carros autônomos nos EUA pedem que as empresas façam um compromisso de segurança e enviem dados regularmente ao governo – para as companhias, esse esforço atrapalha testes que podem verificar, mais rápido, a segurança dos carros autônomos. Novas regras podem mudar isso, disse Ken Washington. 

Em um fórum em Washington, o presidente do conselho da Ford, Bill Ford Jr., disse que espera que o hardware e o software necessários para os carros autônomos estejam prontos em 2021. Há outros problemas, porém: segundo ele, é preciso definir questões éticas – o que um carro fará se estiver numa situação em que precise optar por salvar o motorista ou a integridade física de 10 pedestres? 

Outra questão que precisa ser discutida é se os carros autônomos chegarão ao mercado como produtos ou se serão "prestadores de serviço". Para Ron Medford, da Waymo – a divisão de carros autônomos da Alphabet, holding que controla o Google –, a expectativa é que os carros autônomos apareçam primeiro como parte de frotas controladas, e não que sejam vendidos a indivíduos. 

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Além das mudanças previstas por Chao, os parlamentares republicanos estão se organizando para criar leis que facilitem a vida dos carros autônomos – propostas estão sendo construídas tanto na Câmara quanto no Senado. 

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