EUA questiona união de T-Mobile e AT&T

Para analista a surpresa maior foi a rapidez com que um acordo deste tamanho foi questionado pelo governo

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Por Agências
Atualização:

Para analista, a surpresa maior foi a rapidez com que um acordo deste tamanho foi questionado pelo governo

 

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WASHINGTON/NOVA YORK – A administração do presidente Barack Obama lançou nesta quarta-feira, 31, uma ofensiva legal para barrar a aquisição de US$ 39 bilhões da T-Mobile pela AT&T, representando o maior desafio para o acordo até agora e infligindo à operadora norte-americana um revés potencialmente custoso.

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A AT&T planeja combater a decisão do governo judicialmente e analistas dizem que a empresa deve ser obrigada a fazer grandes concessões –incluindo a venda de diversos ativos centrais a seus negócios– para aquietar reguladores.

As ações da segunda maior operadora de telefonia dos EUA (atrás apenas da Verizon Wireless) chegaram a cair mais de 5%. Se a aquisição não se concretizar, a AT&T pode ter que pagar uma taxa de separação e benefícios, como concessões de espectros, avaliados em US$ 6 bilhões.

O Departamento de Justiça dos EUA, em um processo encaminhado à uma corte federal, disse que eliminar a T-Mobile como concorrente seria desastroso para consumidores e resultaria em aumento de preços, particularmente por que a empresa adquirida é considerada uma pioneira em pacotes de telefonia de baixo custo.

“A maior surpresa é o timing. Muitos esperavam, por causa do tamanho da operação, das complexidades, do que estava em jogo, que isso (a ação do governo) demorasse mais”, disse Jeffrey Silva, analista da Medley Global Advisors.

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A medida é uma tentativa de evitar um acordo “fundamentalmente falho”, não uma tática para conquistar grandes concessões da AT&T, informou uma fonte familiar com o processo.

“Se a fusão acontecer, haverá apenas três operadoras que deterão 90% do mercado, e concorrência entre os outros competidores em todas as dimensões, incluindo preço, qualidade e inovação, seria diminuída”, disse o vice-procurador-geral James Cole.

O departamento disse permanecer aberto a negociações com a companhia. O acordo também precisa de aprovação da Comissão Federal de Comunicações, que regula o setor.

/ REUTERS

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