Ex-RIM buscou alterar estratégia antes de sair
Projeto queria permitir que operadoras utilizassem a rede da RIM para oferecer planos de dados de baixo custo
14/04/2012 | 11h12
Por Agências - Agências
Projeto queria permitir que operadoras utilizassem a rede da RIM para oferecer planos de dados de baixo custo
TORONTO – O ex vice-presidente-executivo da Research in Motion, Jim Balsillie, buscou reinventar a fabricante do Blackberry com uma mudança radical em sua estratégia antes de pedir demissão, disseram duas fontes com conhecimento do plano.
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Balsillie esperava permitir que grandes empresas do setor de wireless na América do Norte e na Europa providenciassem serviços para aparelhos que não o Blackberry, roteados através da rede proprietária da RIM. O plano representaria uma grande ruptura na estratégia focada apenas no Blackberry, perseguida pela RIM desde sua criação.
O plano permitiria que operadoras utilizassem a rede da RIM para oferecer planos de dados de baixo custo, limitado acesso aos serviços de rede social e mensagens instantâneas, para atrair clientes de celulares comuns a migrar para smartphones.
Mas as negociações com operadoras levaram à discórdia no alto escalão da empresa canadense, e Balsillie renunciou a seu cargo de diretor logo após pedir demissão como vice-presidente-executivo. Seu antigo parceiro no comando, Mike Lazaridis, ainda tem um papel ativo na administração da empresa.
O veto deixa o foco da RIM apenas numa nova geração de aparelhos Blackberry que ela promete que surpreenderá consumidores. Os smartphones terão de fazer exatamente isso, dizem analistas, para conter o forte declínio em valor de mercado sofrido pela RIM, a emrpesa que praticamente inventou o e-mail em celulares mais de uma década atrás.
O plano de Balsillie poderia ter sinalizado uma manobra estratégica mais ampla pela RIM para definir seus serviços de rede de altas margens de lucro -que lideraram a entrada de 1 bilhão de dólares num trimestre- como um negócio distinto da fabricação e anúncio do BlackBerry. Esse negócio de hardware pode ter tido prejuizo no ano passado.
/ Alastair Sharp (REUTERS)