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Extradição de Julian Assange é aprovada

Tribunal britânico decidiu a favor da extradição do fundador do WikiLeaks para a Suécia; advogado diz que ele vai recorrer

Por Agências
Atualização:
 

Um tribunal britânico decidiu nesta quinta-feira, 24, extraditar Julian Assange, fundador do WikiLeaks, para a Suécia, onde ele é acusado de cometer crimes sexuais contra duas ex-voluntárias do site, o que ele nega.

Um advogado de Assange disse que vai recorrer.

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Na Suécia, uma porta-voz disse que a promotoria sueca colocará em breve uma nota em seu site se manifestando sobre a decisão.

O australiano Assange, de 39 anos, se diz vítima de uma perseguição política por ter irritado os Estados Unidos com a divulgação de milhares de documentos diplomáticos sigilosos.

Uma das mulheres acusa Assange de ter ignorado pedidos dela para que usasse preservativo em uma relação sexual. A outra diz que ele fez sexo com ela — também sem preservativo — enquanto ela dormia.

Promotores dizem que a segunda acusação se enquadra na menos grave das três categorias de estupro previstas na lei sueca, com pena de até quatro anos de prisão.

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Durante três dias de audiências neste mês, advogados de Assange argumentaram que ele não teria direito a um julgamento justo na Suécia, e que promotores do país nórdico tinham cometido erros técnicos no caso.

Alegaram também que o australiano, especialista em informática, poderia acabar sendo enviado para os EUA, onde poderia até ser executado pela divulgação dos segredos.

Segundo os advogados do réu, o primeiro-ministro sueco, Fredrik Reinfeldt, criou uma “atmosfera tóxica” em seu país, tratando Assange como “inimigo público número 1″ e reduzindo as chances de que ele tenha um julgamento justo.

Mas o juiz britânico Howard Riddle rejeitou esse argumento e ordenou a extradição.

/ Michael Holden (REUTERS)

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