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Facebook divulga pesquisa sobre seu impacto na economia

Através de páginas de negócios, empresa garante ter gerado 4,5 milhões de empregos em 2014; 68% das pequenas e médias empresas no Brasil ainda não têm presença na rede social

Por Agências
Atualização:
 

SÃO FRANCISCO – Segundo pesquisa encomendada pelo Facebook, a rede social gerou uma atividade econômica de US$ 227 bilhões no mundo, além de 4,5 milhões de empregos em 2014. O estudo foi realizado pela consultoria Deloitte & Touche.

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No Brasil, a rede social afirma ser responsável por um impacto de US$ 10 bilhões à economia brasileira, gerando 231 mil empregos. Segundo o Facebook, atualmente 91 milhões de brasileiros se conectam ao Facebook todos os meses. Além disso, a empresa afirma ter no país 2,1 milhões de pequenas empresas com páginas ativas.

“O número de brasileiros conectados a uma pequena empresa, que interagem com conteúdos publicados por elas, chega a 72 milhões de pessoas, ou 80% da base mensal. O volume é superior à média mundial, de 70%”, afirmou a rede social em comunicado à imprensa.

Quando se leva em conta o universo das pequenas e médias empresas brasileiras, porém, o uso do Facebook para fins profissionais ainda é tímido. Segundo pesquisa recente do Sebrae, 68% dos negócios não têm uma página na rede social. É mais do que os que têm site, 25%, e bem na frente de outras redes como Twitter (3%) e Instagram (5%).

O levantamento divulgado pelo Facebook avaliou negócios que mantêm páginas na rede, bem como aplicativos e jogos para dispositivos móveis que usuários utilizam no Facebook e medidas sobre a atividade econômica resultante. O estudo também considera a demanda por aparelhos e serviços de conectividade gerada pela rede social.

“As pessoas acreditam que a tecnologia cria empregos no setor de tecnologia e destrói empregos em outras áreas”, disse a vice-presidente operacional do Facebook, Sheryl Sandberg, em entrevista à Reuters. “Este estudo mostra que isso não é verdade.”

Segundo Sandberg, a rede social está ajudando a criar uma nova onda de pequenas empresas em todas as áreas da economia. Ela citou um grupo de mulheres jovens em Bangalore, na Índia, que começou uma empresa de acessórios para cabelo.

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O levantamento vai dar a Sandberg assunto para debater quando participar do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, nesta semana. Na quinta-feira, a executiva participa de um painel junto com o presidente do Conselho do Google, Eric Schmidt, e com o presidente da Microsoft, Satya Nadella, sobre o futuro da economia digital.

Prejuízo da distração

Se por um lado o Facebook pode auxiliar pequenos negócios, por outro ele pode ser encarado como prejudicial ao rendimento do trabalho em muitas empresas.

Segundo pesquisa de 2012, 64% dos empregados visitam sites não relacionados a trabalho durante o expediente, sendo o Facebook responsável por 41% – os custos dessas “distrações” nas redes já foi contabilizado em US$ 650 bilhões aos EUA.

A revista Time, inclusive, criou uma calculadora que determina quanto tempo o usuário já perdeu no Facebook. Para isso, basta especificar quantos minutos o usuário costuma passar por dia na rede.

/COM REUTERS

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