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Facebook, Google e Amazon se unem contra veto imigratório de Trump

Mais de 160 empresas – a maioria do setor de tecnologia – assinaram ação pedindo que o presidente americano revise ordem que proíbe entrada de cidadãos de Irã, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iêmen

20/04/2017 | 12h20

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 Por Agências - AFP

Protesto. Empregados fizeram passeata em frente à sede do Google, em Mountain View

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Empresas do setor de tecnologia, incluindo Amazon, Facebook, Google e Microsoft, se uniram na quarta-feira, 20, a uma ação legal para solicitar a um juiz que revogue a última proibição de viagens anunciada pelo presidente Donald Trump.

Mais de 160 empresas, quase todas do setor de tecnologia, assinaram a ação na posição de “amigo da corte” (amicus curiae, no termo em latim) para respaldar os opositores à ordem executiva de Trump, na Corte de Apelações do distrito de Maryland.

Juízes federais já suspenderam a ordem executiva revisada de Trump, anunciada em março para fechar de modo temporário as fronteiras dos Estados Unidos a refugiados e cidadãos de seis países de maioria muçulmana, em uma derrota humilhante para o presidente.

As resoluções determinaram o congelamento da proibição a nível nacional para a entrada por 90 dias de cidadãos do Irã, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iêmen.

Um juiz federal determinou que o estado do Havaí, em sua resposta legal, expressou uma forte probabilidade de que a proibição provoque um “dano irreparável” caso prossiga adiante.

Em Maryland, o juiz federal Theodore Chuang emitiu uma ordem similar a nível nacional sobre um pedido separado, que foi apresentado porgrupos de defesa dos direitos civis que consideram a medida discriminatória em relação aos muçulmanos.

Na apresentação como “amigo da corte”, as empresas apoiam o argumento de que a proibição de Trump não apenas discrimina, com base na religião, mas também extrapola a autoridade do presidente para mudar as regras a respeito de quem tem permissão para entrar no país.

“A segunda ordem produz uma mudança fundamental nas regras que regem a entrada de pessoas nos Estados Unidos e está provocando danos substanciais às empresas americanas, a seus funcionários e a toda a economia americana”, argumentam os advogados em um comunicado.

Trump alega que a proibição de viagens é necessária para preservar a segurança nacional e manter os extremistas fora do país.

O primeiro decreto, de janeiro, proibiu as viagens das pessoas de sete países de maioria muçulmana e de todos os refugiados, mas foi bloqueado por um tribunal do estado de Washington, que considerou a medida uma violação da norma constitucional que proíbe a discriminação religiosa.

Trump prometeu lutar contra a decisão que chamou de “viciada” e levar o caso, se necessário, à Suprema Corte.

Reações das empresas de tecnologia ao veto de imigração de Trump

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Facebook

Ordem foi dada pela justiça em fevereiro de 2016; Facebook teria descumprido

Google

A empresa disse a veículos de imprensa norte-americanos que tem mais de 200 empregados afetados pela decisão de Trump. "Estamos preocupados com o impacto dessa ordem e qualquer proposta que possam restringir o movimento dos Googlers e de seuas famílias, ou que possam criar barreiras para o talento que vem para os EUA", disse a empresa em comunicado ao BuzzFeed News. Além disso, Sergey Brin, filho de refugiados russos e co-fundador da empresa, participou de protestos no aeroporto de São Francisco no último final de semana. 

Airbnb

Uma das reações mais duras e efetivas até aqui dentre as empresas de tecnologia veio de Brian Chesky, presidente executivo do Airbnb. "Portas abertas mantêm todos nós juntos. Fechar portas nos divide", em um trocadilho do pronome US (nos, em inglês) com a popular sigla US (de United States, ou Estados Unidos). Além disso, Chesky disse que o Airbnb vai oferecer abrigo gratuito a qualquer pessoa que tiveram sua possibilidade de entrar nos Estados Unidos negada, e que não estão em sua cidade ou país de residência. "Temos mais de 3 milhões de casas. Definitivamente podemos achar um lugar para as pessoas ficarem", disse Chesky.

Apple

O presidente executivo da empresa, Tim Cook, escreveu um memorando a seus funcionários, dizendo que "a Apple acredita na importância da imigração, seja para nossa empresa ou para o futuro do nosso país. A Apple não existiria sem imigração", disse Cook, fazendo referência ao fato de que Steve Jobs é filho biológico de imigrantes sírios, enquanto Steve Wozniak é descendente de poloneses. Nesta semana, Cook está em Washington reunido com legisladores republicanos para discutir leis de imigração. 

Elon Musk

Elon Musk anunciou que sua empresa conseguiu autorização para cavar um túnel ligando Nova York e Washington.

Microsoft

Comandada pelo indiano Satya Nadella, a Microsoft é outra empresa que também soltou um comunicado sobre o tema. "Estamos trabalhando ativamente para fornecer ajuda legal aos nossos funcionários que sofreram o impacto da ordem executiva", declarou a empresa. Pessoalmente, Nadella também se expressou no LinkedIn. "COmo imigrante e presidente executivo, sei o que é o impacto positivo da imigração para nossa empresa, para o país e para o mundo." 

Twitter

Em sua conta pessoal no Twitter, Jack Dorsey declarou que o "impacto humanitário e econômico da ordem é profundo e desabonador. Nós nos beneficiamos do que refugiados e imigrantes trazem aos Estados Unidos". Além disso, o Twitter declarou que é "feito por imigrantes de todas as religiões. Nós estamos com eles, sempre". 

Amazon

Responsável por 3 mil requisições de vistos para seus funcionários nos dois últimos anos, a Amazon se negou a comentar publicamente o assunto. No entanto, em um email enviado aos funcionários, a vice-presidente de recursos humanos Beth Galetti disse que "estamos comprometidos em dar apoio a todos os nossos empregados e qualquer pessoa em sua família que possa ser impactado por essa ordem". 

Uber

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Netflix

Reed Hastings, co-fundador e presidente executivo do Netflix, disse em uma nota que "as ações de Trump estão afetando empregados do Netflix em todo o mundo, e são nada americanas". Em seu texto, Hastings disse que a decisão de Trump "é uma semana muito triste, que mais pode acontecer com as vidas de 600 mil sonhadores aqui em uma América sob iminiente ameaça". 

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