O Facebook é muito melhor do que era em 2016 em combater a interferência eleitoral, mas não pode garantir que o site não seja usado para prejudicar as eleições do Parlamento Europeu em maio, disse o presidente-executivo Mark Zuckerberg na terça-feira.
Abalado desde que supostos agentes russos usaram o Facebook e outras mídias sociais para influenciar uma eleição que surpreendentemente levou Donald Trump ao poder nos Estados Unidos, o Facebook disse que investiu recursos e pessoal na proteção das eleições da União Europeia em 26 de maio.
Zuckerberg disse que houve muitas eleições importantes desde 2016 que foram relativamente limpas e demonstraram as defesas que a companhia construiu para proteger a integridade delas.
“Nós certamente fizemos muito progresso... Mas eu não acho que podemos dizer que a questão está resolvida dado o mundo no qual nações estão tentando interferir nas eleições”, disse Zuckerberg em entrevista à emissora nacional irlandesa RTE.
“Esta é uma corrida armamentista em curso, onde estamos constantemente construindo nossas defesas e esses governos sofisticados também estão evoluindo suas táticas.”
As agências de inteligência dos EUA concluíram que a Rússia tinha uma operação de desinformação e ataques cibernéticos para minar o processo democrático norte-americano e ajudar a campanha do republicano Trump em 2016. Moscou nega interferir na eleição.
“Aqui na UE para as próximas eleições, estamos trazendo todo o arsenal de estratégias e ferramentas que funcionaram muito bem em muitas eleições importantes até agora, então eu tenho muita confiança”, disse Zuckerberg durante uma viagem a Dublin, lar da sede internacional do Facebook.