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Facebook responde a Greenpeace

Empresa responde às críticas afirmando que centro de dados será "modelo de eficiência"

Por Carla Peralva
Atualização:

Depois de lançar uma campanha contra o uso de carvão para a geração de energia, o Greenpeace enviou uma carta a Mark Zuckerberg alertando-o sobre o grande impacto ambiental que o novo centro de dados da empresa irá causar caso ele realmente funcione com eletricidade gerada por uma empresa que usa carvão como matéria prima. Kumi Naidoo, diretor-executivo da ONG, chegou a alertar o jovem empresário sobre a queda de reputação de sua empresa caso ela desconsidere sua responsabilidade ambiental.

E o Facebook respondeu. Um porta-voz da rede social afirmou que o novo data center de sua empresa, a ser construído em Prineville, no estado de Oregon, nos Estados Unidos, será ummodelo de eficiência de energia. Ele assinalou que a escolha do lugar da construção foi feita levando em conta aspectos ambientais, que também guiarão todas as etapas da obra.

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Discussão pública

Na última quarta-feira, 1, Naidoo afirmou que o grupo de vigilância ambiental estava “consternado” com os planos de construção do Facebook. Segundo ele, a concessionária local de energia usa um ”mix elétrico que é desproporcionalmente alimentado por carvão, a maior fonte de gases estufa”.

Desde fevereiro, o Greenpeace está promovendo uma campanha no Facebook contra as empresas que usam carvão como fonte de energia. O protesto já reuniu mais de 500 mil pessoas. A ONG também quer que o Facebook se comprometa a eliminar gradativamente a eletricidade movida a carvão, lute por mudanças no clima e políticas de energia limpas e que divulgue seu inventário de emissão de gases estufa.

Em resposta, o diretor de política de comunicação do Facebook, Barry Schnitt, disse que o planejamento da nova sede tem em mente o uso eficiente da energia e pontuou que o Facebook, como qualquer outra companhia, não tem todo o controle sobre as fontes geradoras da energia que usa.

Segundo ele, apesar de 58% da energia do local vir do carvão (mais do que a média americana de 50%), o clima temperado da região permite que eles usem um sistema de ventilação que consome menos eletricidade que os tradicionais. Schnitt também alegou que a concentração do centro de dados em um único lugar é positiva, pois permite que a empresa construa um modelo eficiente de uso de energia.

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Dando continuidade à discussão pública, o diretor do programa Cool IT do Greenpeace, Gary Cook, respondeu a Schnitt argumentando que o Facebook e outros provedores de internet precisam assumir uma postura mais ativa na política de energia. “Eficiência é certamente importante, mas é somente o começo da tomada de responsabilidade para seu rápido crescimento de consumo de energia e impacto ambiental”, afirmou.

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