Franceses acusam EUA de espionagem online

Segundo revista 'l´Express', ataque teria ocorrido dias antes do segundo turno da eleição presidencial na França

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Por Redação Link
Atualização:

Segundo revista ‘l´Express’, ataque teria ocorrido dias antes do segundo turno da eleição presidencial na França

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Por Mateus Coutinho

SÃO PAULO – Os Estados Unidos podem ter utilizado um software espião israelense para invadir os computadores do governo de Nicolas Sarkozy. As informações são da revista l’Express, que publicou uma reportagem na terça-feira, 20, em que oficiais franceses acusam o governo dos EUA de invadir computadores do governo francês. O fato teria ocorrido pouco antes do segundo turno das eleições presidenciais do país, realizadas em maio deste ano, e foi negado pelas autoridades norte-americanas.

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Segundo a revista, no mês de maio foram invadidos os computadores de conselheiros próximos ao então presidente e até o do secretário-geral da presidência à época, Xavier Muscafeitas. Os oficiais franceses alegaram que o vírus que invadiu os equipamentos era superior ao Flame, um dos mais poderosos já criados, que ficou conhecido por atacar o Irã e outros países do Oriente Médio em maio deste ano.

Como o Flame foi produzido por uma parceria entre os EUA e Israel, as autoridades francesas logo apontaram o dedo para o país norte-americano. “Você pode estar em um momento muito bom com um país ‘amigável’ e ainda assim querer garantir seu apoio incondicional”, disse um dos oficiais à revista.

O governo dos EUA, contudo, negou veementemente as acusações: “Nos negamos categoricamente as acusações anônimas de que os Estados Unidos participaram de um ciberataque ao governo francês”, alegou o porta-voz do Departamento de Segurança Nacional, Mathew Chandler em entrevista ao jornal americano The Hill.

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A l´Express, contudo, afirma que o secretário de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Janet Napolitano, não negou as acusações quando questionado diretamente. “Não temos parceiro maior que a França, não temos maiores aliados do que eles”, disse o secretário no começo da entrevista.

Segundo o The Hill, fontes do governo Obama disseram que Napolitano chegou a rir quando foi indagado sobre as acusações por considerá-las absurdas. Na entrevista, o secretário também disse que os vírus Flame e Stuxnet (outro que atacou o Irã, entre 2010 e 2011) nunca tiveram ligação com o governo americano.

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