Funcionário da Apple quer iniciar sindicato

Trabalhador de uma loja da empresa em São Francisco que lutar por melhores salários e acabar com "práticas injustas"

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Por Agências
Atualização:

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SÃO FRANCISCO – Um funcionário das lojas Apple começou uma campanha para sindicalizar os empregados da divisão de varejo da empresa, uma decisão rara para uma companhia conhecida por seus seguidores quase fanáticos e pela sua imagem vanguardista.

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Cory Moll, funcionário de meio período de uma loja Apple em São Francisco, está trabalhando para formar um sindicato, com o objetivo de lutar por melhores salários e benefícios e corrigir o que vê como práticas de trabalho injustas nas lojas da empresa.

“As questões básicas são remuneração, salários e benefícios”, disse Moll, acrescentando que havia decidido sair a público com sua ideia de criar um sindicato para encorajar a adesão de outros funcionários.

Embora os sindicatos sejam fortes em setores como o transporte rodoviário e o automotivo, são quase desconhecidos nas companhias do Vale do Silício, que se orgulham pela sua rapidez na ação e flexibilidade para contratar e demitir.

A campanha incipiente de Moll também é incomum dada a reputação da Apple por forte lealdade da parte de seus funcionários. A empresa conta com mais de 30 mil trabalhadores em sua divisão de varejo, que opera 325 lojas em todo o mundo.

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Moll, que trabalha na companhia há quatro anos, disse que ganha US$ 14 por hora em uma loja da empresa em São Francisco. O salário mínimo por hora na cidade, uma das mais caras dos Estados Unidos, é de US$ 9,92 este ano.

Moll, 30, se comunica com os colegas de loja principalmente por meio do Twitter, Facebook e do site Apple Retail Workers Union, que ele criou em maio, mas sem revelar seu nome.

Moll não obteve grande apoio público de parte dos colegas, até agora, embora afirme ter recebido e-mails com expressões de apoio. ”Há muita hesitação sobre isso”, disse. “Não creio que haja mais de 50% de apoio em loja alguma, mas as pessoas falam a respeito; podemos estar perto disso em uma ou duas lojas.”

É necessária a adesão da maioria dos trabalhadores em uma dada unidade antes que seja possível formar um sindicato.

Um funcionário da Apple confirmou que Moll trabalha para a empresa, mas se recusou a comentar sobre o esforço de sindicalização.

“É como uma luta de Davi contra Golias”, disse Moll sobre a tentativa de iniciar um movimento sindical em uma empresa que vale US$ 320 bilhões e é comandada pelo icônico co-fundador Steve Jobs.

/ Poornima Gupta (REUTERS)

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