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Game de brasileiro ganha prêmio máximo em competição da Intel

Alexandre Ribeiro recebeu US$ 100 mil pelo game Seed; outros dois brasileiros foram premiados na competição

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Por Matheus Mans
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Três brasileiros se destacaram em uma premiação global da Intel que visa criar aplicativos que utilizam sensores de movimento, entre eles Alexandre Ribeiro da Silva, que ganhou o prêmio máximo no valor de US$ 100 mil. No total, foram mais de 7 mil participantes de 37 países.

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Anunciado em Taiwan durante a Computex 2014 pela presidente da Intel, Renée James, o Intel RealSense App Challenge tem busca fomentar novos usos para a câmera da empresa que sente e responde a gestos e movimentos, similar ao Kinect, da Microsoft.

Desenvolvedor, da empresa Anima Games, Silva conseguiu o prêmio mais importante dodesafio com o jogo Seed, em que o participante deve controlar uma semente com o objetivo de reflorestar uma terra devastada. Através de movimentos com as mãos lidos pelos sensores, o jogador pode, por exemplo, causar chuva ou controlar o vento.

“No ano passado, fomos convidados formalmente para participar do desafio, na categoria de ‘Embaixadores’, destinada àqueles que já tinham enviado demos de jogos e apps em concursos anteriores”, conta Silva ao Estado. “Queríamos algo mais artístico, que captasse um pouco a ‘mágica’ de interagir com um jogo utilizando só as mãos. Por isso pensamos no Seed.”

Empolgado com a indicação, o desenvolvedor criou o jogo em apenas um final de semana. “Na segunda-feira, já surpreendi o pessoal com uma demo funcionando, onde tinha a semente voando, a floresta ao fundo, bem parecido com a versão final.”

Em seguida, Ribeiro desenvolveu outros aspectos do jogo e o testou com participantes da Campus Party, maior evento de cultura digital da América Latina. “Uma vez coletados todos estes dados, bolamos quebra-cabeças onde o jogador teria que usar o gesto no momento correto”, relata.

Outros brasileiros

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Além de Alexandre, os brasileiros Mauro Pichiliani e Keila Matsumura também foram premiados em categorias do desafio da Intel.

Pihciliani ficou em segundo lugar na disputa pelos aplicativos de Inovação Aberta com o app HTMA (aplicativo de mensuramento de tremor de mãos). Este programa visa detectar se tremores nas mãos e dedos são sinais de doenças, como o mal de Parkinson.

O desenvolvedor contou em entrevista que já trabalhava na área de aplicativos médicos. “No concurso de 2013, já tinha desenvolvido algo nesta área. Desta vez, decidi continuar na área, mas resolvendo um problema diferente”, conta o desenvolvedor. “Tenho um parente que começou a mostrar os sintomas do mal de Parkinson e por isso resolvi investir nesta ideia”.

Além do HTMA, Mauro, na competição de 2013, apresentou o Double Hand. Este app tinha o objetivo de auxiliar no tratamento das dores psicológicas de pessoas que perderam os membros superiores.

A brasileira Keila também recebeu US$ 20 mil por sua segunda colocação na categoria de Interação Natural. Ela concorreu com o app Fusion 4D, que permite aos usuários interagirem com objetos em 3D. O app permite que as pessoas controlem de diversas maneiras imagens na tela de um computador através do sensor da Intel.

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