Google cede à China

Empresa vai parar de redirecionar usuários chineses para o site de Hong Kong para não perder licença do endereço chinês

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Por Agências
Atualização:

O Google anunciou que planeja suspender o redirecionamento automático dos usuários do seu site chinês (Google.cn) para a página da companhia em Hong KongGoogle.com.hk), em um esforço para garantir a renovação da licença para operar na China.

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David Drummond, vice-presidente jurídico do Google, informou no blog do Google que a empresa já havia começado a direcionar pequeno volume de usuários a uma página de aterrissagem no Google.cn, que conduz aoGoogle.com.hk, e que em breve suspenderia todo o redirecionamento.

O Google fechou seu portal na China em março por preocupações com a censura no país, e passou a direcionar os usuários ao site de Hong Kong. Entretanto, a licença operacional que permite o uso do antigo endereço para redirecionar usuários expira na quarta-feira, 30.

“Ficou claro nas conversas que tivemos com funcionários do governo chinês que eles consideram o redirecionamento inaceitável, e que se continuarmos a redirecionar os usuários nossa licença como provedor de conteúdo de internet não será renovada,” escreveu Drummond na madrugada de segunda-feira, 28.

“Sem licença como provedor de conteúdo, não podemos operar um site comercial como o Google.cn, o que significa que o Google ficaria literalmente excluído da China,” acrescentou.

A nova página do Google é bastante simples, com uma imagem do logotipo da empresa e uma caixa de buscas desativada. Abaixo, uma mensagem informa que “já nos transferimos para google.com.hk” e “por favor salve nosso endereço em seus favoritos.”

O Google anunciou em janeiro que poderia abandonar a China devido à censura, após ter sofrido um sofisticado ataque de hackers originado no país asiático.

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A empresa manteve a promessa de pôr fim à autocensura requerida por Pequim como condição para que continuasse a operar na China –o que levou ao redirecionamento para Hong Kong–, mas está trabalhando com o objetivo de manter alguma presença na China.

(REUTERS)

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