Google lança o Google Play Música; seu serviço de música no Brasil

Em entrevista ao Link, diretor de parcerias de música do Google não revelou valores investidos, mas garantiu que o mercado de música é prioritário

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Por Redação Link
Atualização:

Por Larissa Fafá

 

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SÃO PAULO – Para competir no mercado de música, o Google lança nesta segunda (17) o serviço Google Play Música no País. O novo produto terá funções pagas, como streaming de músicas e rádios sugeridas de acordo com o gosto musical do usuário, e funções gratuitas, como a possibilidade de guardar até 20 mil músicas na nuvem pelo “Minha Biblioteca”. É necessário ter uma conta do Google para ter acesso ao serviço. Os usuários terão um período gratuito para testar a nova ferramenta e, para quem se inscrever até dia 07 de janeiro, o valor cobrado após a gratuidade será de R$12,90 por mês.

O principal diferencial é integração de funções diversas. A função de streaming de música, que faz concorrência direta com o Spotify, maior serviço de streaming no mercado brasileiro atualmente, é integrada com as rádios e com o uso do espaço na nuvem para guardar músicas. O serviço, chamado pela empresa de ilimitado, na verdade não fixa um consumo de faixas do acervo do Google, com mais de 30 milhões de músicas.

Nas rádios, o usuário pode criar playlists a partir de um artista, um álbum, um gênero ou uma música. O serviço identifica os últimos vídeos e músicas associados a sua conta Google, tanto no YouTube quanto no próprio Google Play Música, e sugere listas de faixas. A rádio ainda tem opção de ser manipulável, portanto, se você não gosta de uma música, pode pular a faixa ou reordenar de acordo com a sua preferência.

As seções de streaming e rádio fazem parte do plano pago do Google Play Música e não terá publicidade, algo que não diferencia da versão Premium do Spotify, também paga. O preço também não varia muito. O valor da conta premium do Spotify é de R$14,90 mensais, com preço promocional de R$4,99 pelos três primeiros meses. O Google Play Música oferece um período gratuito para testo do serviço. De acordo com o Google, os usuários que se inscreverem para utilizar o serviço até dia 7 de janeiro de 2015 terão um período gratuito de teste de 60 dias e, caso decidam continuar com a assinatura, o preço cobrado será de R$12,90 por mês. Para quem aderir após o dia 7 de janeiro, será oferecido a gratuidade por 30 dias o valor mensal sobe para R$14,90.

Função gratuita

A função que talvez mais agrade a maioria dos usuários é, justamente, gratuita. Através do “Minha Biblioteca”, é possível guardar até 20 mil músicas na nuvem e escutá-las em até quatro dispositivos cadastrados. Ou seja, dá para levar seus arquivos de música do computador de casa para o computador do trabalho e o smartphone, por exemplo. Quem tem o Chromecast, serviço de televisão do Google, também pode cadastrá-lo e ouvir as músicas na TV. O usuário pode colocar qualquer música da nuvem, e igualmente das playlists e rádios, no modo offline para escutar sem acesso a internet.

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A única limitação é possibilidade de subir músicas para a “Minha Biblioteca” apenas pelo computador, usando o seu smartphone somente para escutar as faixas, que são sincronizadas automaticamente. Quando na nuvem, o Google procura automaticamente as capas de discos e nomes corretos das músicas e álbuns para corrigir seus arquivos, se houver algum erro. Os mais aficcionados por música também gostarão da função que aumenta a qualidade dos arquivos para 356kpbs, se disponível na biblioteca do Google.

O funcionamento é integrado a outros usos do serviço, como a de armazenar instantaneamente qualquer música de uma rádio ou do streaming na sua biblioteca digital. A loja digital de músicas da Google Play integra também o rol de funções do Google Play Música.

Direitos autorais

Após polêmicas envolvendo o valor de royalties para músicos entre o Spotify e a cantora Taylor Swift e outros artistas, o Google garante que já tem acordo com grandes gravadoras e selos independentes, com recorte regional brasileiro, para oferecer maior número de músicas em seu serviço.

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Mas quando se diz respeito às músicas na nuvem pessoal, cada usuário é responsável pela sua coleção. “Colocamos o espaço à disposição, mas ele é responsável por garantir que sejam músicas legais. O serviço como todo é legal, mas os acordos são para o nosso catálogo”, afirma o diretor de parcerias de música do Google, Ady Harley.

O diretor explica que as músicas legais serão reconhecidas para o aumento de qualidade do som e a procura das capas dos álbuns, por exemplo. As outras, que não constam na biblioteca do Google, não serão reconhecidas, mas também continuará na nuvem. “Pode ser uma música gravada por você, por exemplo. Está na sua nuvem e não iremos mexer”, garante.

Mercado

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Ady Harley, não revelou valores investidos, mas garantiu que o mercado de música é prioritário para a empresa. “O streaming hoje fala com um pequeno público. A nossa empresa, com a marca do Google, consegue atingir a massa e estamos apostando neste mercado”, disse.

Fazendo referência clara aos concorrentes do mercado de streaming de música, Harley lembra que o Google Play Música irá cobrar os serviços em reais, pagos com cartões nacionais. “Se você não tem nem como cobrar em reais, você não é um produto para a população brasileira”, completa. No início de seu lançamento, o Spotify,serviço de streaming concorrente, teve dificuldades com as contas pagas por fazer cobrança em dólares.De acordo com a empresa, desde o início de agosto os valores são cobrados em reais e aceito como pagamento cartões de crédito nacionais.

O diretor ainda garante que o valor de todas as funcionalidades é uma “oferta imbatível” para quem é acostumado a pagar R$20 em um CD. Com isso, o Google quer atingir tanto o heavy user como quem escuta música de vez em quando.

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