Google lança sua loja de livros digitais

Loja de livros digitais é lançada nos EUA com 3 milhões de títulos

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Por Murilo Roncolato
Atualização:
 

Os preparativos da novidade já tinham sido anunciados pelo New York Times em maio do ano passado, mas ela veio à tona somente nesta segunda, 6, com o lançamento definitivo da loja virtual de e-books (livros em formato digital) do Google. O anúncio coloca um novo “player” no mercado de livros virtuais e ameaça livrarias online já estabelecidas como as norte-americanas Amazon e Barnes & Noble.

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O Google oferece pela sua eBookstore o maior acervo de livros digitais conhecido atualmente. Isso se deve ao trabalho iniciado em 2004, época em que lançou o Google Books, serviço que permitia procurar por livros, ler trechos, baixá-los, escrever resenhas, etc. Desde então, o Google informou ter digitalizado mais de 15 milhões de livros contendo obras em 400 idiomas diferentes.

O número de publicações à disposição na eBookstore, no entanto, é de 3 milhões. O que supera o acervo digital da Barnes & Nobles, com 2 milhões de títulos, e o da Amazon, com 750 mil. O Google e a B&N também incluem livros já de domínio público.

A empresa californiana dividirá com as editoras os lucros das vendas dos livros vendidos pela eBookstore. Para o lançamento, são cerca de quatro mil editoras (Simon & Schuster, Random House, Macmillan, etc), dispondo livros que custarão de US$ 1 a US$ 300.

Como ler

O Google criou um sistema que, ao contrário da Amazon, permitirá que os leitores comprem os livros de qualquer livraria digital (Powell’s, Alibris e membros da Associação de Livrarias Americanas) e lê-los a partir de qualquer aparelho, seja ele um iPad, um eReader Nook (da Barnes & Noble) ou da Sony, um smartphone Android (ou iPhone) ou seu computador, pelos browsers Chrome ou Safari. Tudo sincronizado com sua conta Google, sustentado em um sistema em nuvem.

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Por enquanto, os livros não podem ser lidos pelo Kindle da Amazon. O Google justificou à Wired dizendo que as razões são de compatibilidade com o DRM da Adobe acoplados aos ebooks.

À Wired, James Crawford, engenheiro que participou do Google eBooks, disse estarem empenhados em manter a estrutura aberta, construindo um rede de varejistas cada mais maior. “A ideia é que o consumidor compre onde ele estiver e leia a partir de aparelhos que ele já tenha”, afirmou.

A loja, entretanto, só funciona totalmente nos Estados Unidos. Demais países só terão acesso (integral) a livros que estão em domínio público (na categoria “free”), como os clássicos de Shakespeare, Charles Dickens e Jane Austen.

Para acessar o Google eBooks, clique aqui.

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