O Google entra na segunda semana de confronto com o governo da China, em meio a especulações de que a empresa decidiu se retirar do maior mercado de Internet do mundo por conta de temores de ciberespionagem.
O Google informou na semana passada que estava avaliando sair da China depois de sofrer um ciberataque sofisticado em sua rede, que resultou no roubo de propriedade intelectual. A empresa disse que não estava mais pronta a filtrar conteúdo em sua ferramenta de língua chinesa google.cn, e que tentaria negociar uma ferramenta de busca legal sem filtro, ou sair do mercado.
O Google afirma que a empresa ainda está no processo de inspecionar suas redes internas desde o ciberataque ocorrido em meados de dezembro. A empresa também disse que manterá conversas com o governo chinês nas próximas semanas.
A China tentou minimizar a ameaça do Google de partir, dizendo que havia muitas maneiras de resolver a questão, mas insistindo que todas as companhias estrangeiras, o Google incluído, devem aceitar as leis chinesas. Washington informou que estava emitindo uma nota diplomática à China, pedindo oficialmente uma explicação pelos ataques.
A questão pode virar outra tensão na relação entre a China e os EUA, que já está desgastada por argumentos sobre a taxa de câmbio da moeda chinesa, o protecionismo comercial e a venda de armas norte-americanas a Taiwan.
No sábado, o Yahoo foi dragado pela questão crescente depois que seu parceiro chinês Alibaba Group criticou as declarações da empresa de apoio ao Google. Minimizando preocupações levantadas pelo Google, a rival Microsoft afirmou que não planeja sair da China.