Google quer contar calorias em fotografias de comida

Projeto criado pela empresa poderá identificar ingredientes e quantidades em um prato

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Por Redação Link
Atualização:

Felipe Rau/AE

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Aquela foto de prato de comida que você posta nas redes sociais pode deixá-lo mais culpado se um novo projeto do Google se concretizar.

Chamado Im2Calories, trata- se de uma ferramenta de inteligência artificial que, através do reconhecimento de padrões e da análise visual, identifica os ingredientes no prato e consegue calcular a quantidade de cada um comparando o tamanho do item em relação ao prato.

Em uma apresentação durante uma conferência de inteligência artificial nos Estados Unidos ontem, o pesquisador Kevin Murphy, um dos responsáveis pelo projeto, demonstrou o sistema calculando as calorias de um prato contendo dois ovos, duas panquecas e três fatias de bacon.

Em entrevista ao site Popular Science, Murphy disse que os algoritmos utilizados pelo Im2Calories são tão precisos que a foto pode até estar em baixa resolução. Se o software errar na leitura, o usuário pode ajudá-lo a “aprender”, fornecendo a informação correta. É um dos mecanismos por trás do “deep learning”, ramo da inteligência artificial onde sistemas podem assimilar dados complexos, em diferentes níveis, que os auxiliam em futuras decisões.

Segundo o porta-voz do Google, Jason Feidenfelds, o projeto ainda está em fase inicial e não há previsão de quando ele ficará disponível chegará ao público.

O Google investe faz tempo em inteligência artificial. No início de 2014, o gigante de buscas comprou a companhia de inteligência artificial britânica DeepMind Technologies por cerca de US$ 400 milhões.

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Fundada em Londres em 2012, com um desenvolvedor do Skype e Kazaa entre seus criadores, a Deepmind usa algoritmos de aprendizado geral para aplicações como simulações, comércio eletrônico e jogos. Não se sabe se a Deep Mind está envolvido no projeto Im2Calories.

Outras empresas de tecnologia, como Facebook, Yahoo e IBM também têm voltado suas atenções para esta área, em especial o ramo do “deep learning”.

A rede social anunciou o lançamento de um escritório de pesquisas na área localizado em Paris. O centro empregará em torno de 30 profissionais e terá a direção do francês Yann LeCun, especialista no tema e que foi contratado pelo Facebook em 2013.

O Facebook já possuía dois centros para pesquisas relacionadas à inteligência artificial, um em Nova York e outro localizado no Vale do Silício.

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