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Google revela detalhes sobre 'celular de montar'

Projeto Ara ganha kit para desenvolvedores e mostra peças que poderão ser escolhidas pelos usuários

Por Bruno Capelas
Atualização:
 

SÃO PAULO – O Google liberou nesta quarta-feira, 10, o primeiro kit para desenvolvimento do seu “celular de montar”. O Projeto Ara, criado pela Motorola no ano passado quando a empresa americana ainda pertencia ao Google, planeja smartphones com módulos que podem ser substituídos pelos usuários se ele quiser uma câmera, um processador melhor ou uma bateria extra, em uma experiência totalmente customizável.

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Chamado de versão 0.10, o kit ainda é uma versão muito básica do que o Projeto Ara pode ser, diz o Google, mas é capaz de fornecer aos desenvolvedores inspiração para entender o sistema e dar feedback à gigante de buscas sobre suas ideias. A empresa ainda diz que este é apenas o primeiro de vários kits de desenvolvimento que deverão ser lançados até o final de 2014.

Além do kit, o Google também sediará uma conferência para desenvolvedores específica para o Projeto Ara na próxima semana em sua sede em Mountain View, na Califórnia.

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Troca tudo Com o kit de desenvolvimento, já dá para entender melhor como vai funcionar o projeto: existirão três tamanhos básicos de celular, chamadas de “endoesqueletos” ou “carcaças”, que poderão receber os módulos com as peças importantes. O tamanho básico pode receber 6 módulos, em uma grade de 2×5; o intermediário,8 módulos (3×6); e o maior, que ainda deve ser anunciado, 9 módulos (4×7).

A carcaça também pode ser customizável, tendo apenas a tela, uma tela e uma parte inferior para segurar melhor o celular, ou ainda o velho formato com tela e teclado QWERTY. Uma das coisas mais legais a respeito do projeto é que o usuário poderá colocar várias baterias nos módulos, e que poderá trocar uma bateria descarregada por uma carregada sem precisar desligar o aparelho (caso ele tenha outra fonte de energia, obviamente).

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O celular também poderá ser personalizado de forma estética: cada módulo conterá revestimentos substituíveis, que poderão ser feitos através de impressão 3D colorida — dá até para imaginar um celular com azulejos coloridos à moda do arquiteto espanhol Antoni Gaudí. Outra fator bacana do projeto é que o Google parece não se importar com módulos que tenham uma parte sobrando para fora do aparelho, como sensores e câmeras.

No kit de desenvolvimento, o Google ainda explica que novas peças poderão ser encomendadas através da Play Store, com design e especificações escolhidas a dedo antes do pagamento.

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Entenda abaixo com mais detalhes como pode funcionar o “celular de montar” do Google:

 
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