Google sofre 'avalanche' de pedidos de remoção

Entidade fonográfica dos EUA atinge marca de 10 milhões de solicitações de remoção de URLs relacionadas a conteúdo ilegal

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Por Camilo Rocha
Atualização:

Entidade fonográfica dos EUA atinge marca de 10 milhões de solicitações de remoção de URLs relacionadas a conteúdo ilegal

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SÃO PAULO – O número de pedidos para retirar URLs do Google feitos pela entidade que representa a indústria fonográfica dos Estados Unidos ultrapassou a marca de 10 milhões.

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Ao longo do último ano, a Recording Industry Association of America (RIAA), que controla 90% das gravações dos EUA, tem aumentado os pedidos de remoção de URLs que aparecem nos resultados de busca. Segundo dados apresentados pelo relatório de transparência do Google, o número de pedidos feitos pela entidade a cada semana aumentou exponencialmente (ver gráfico abaixo).

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A partir da última semana de abril de 2012, o número de pedidos de retirada semanais salta de cerca de 100 mil para 200 mil. A partir do fim de agosto, raras são as semanas com menos de 500 mil solicitações. A semana recorde foi a do 27 de agosto, com 666.059 pedidos.

Quando recebe uma solicitação assim, o Google não é obrigado a remover o conteúdo, mas prefere fazê-lo porque, se ficar comprovado que era ilegal, a empresa pode ser cobrada judicialmente.

O site Digital Music News, que pende para o lado da indústria musical e tecnológica, comentou que o RIAA já gastou milhões em estratégias “perdedoras”, mas que esta “poderá dar frutos”. O site observa que a tática, que chama de “método avalanche” pode ser “extremamente eficiente” em sites menores como Grooveshark.

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Os cinco principais domínios que aparecem nas solicitações aparecem na tabela abaixo. Para o Digital Music News são prova de que “infelizmente, tanto Google como Grooveshark têm usado brechas legais para seguidamente recolocar conteúdo ilegal”.

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Já o site TorrentFreak questiona a eficiência da abordagem. Para o site, ligado ao BitTorrent, basta o usuário ir diretamente aos sites que deixaram de aparecer na busca do Google que “tudo ainda estará lá”. “Ainda que esses cinco sites mais citados fossem banidos completamente do Google, bastaria digitar ‘free mp3 search’ em QUALQUER site de busca e dezenas de outros buscadores de MP3 aparecerão”.

Considerando isso, o TorrentFreak se pergunta qual é de fato a estratégia da RIAA. Talvez focar judicialmente em apenas um dos buscadores de MP3, usando-o de exemplo para amedrontar os outros, especula o site ligado ao BitTorrent.

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