Governo chinês critica EUA por investigarem Huawei e ZTE

Investigação do Congresso americano contra as duas principais empresas de tecnologia foi classificada de "politizada" e "eleitoreira"

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Por Agências
Atualização:

Investigação do Congresso americano contra as duas principais empresas de tecnologia foi classificada de “politizada” e “eleitoreira” 

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PEQUIM – O Governo chinês criticou nesse sábado, 19, o Congresso americano por abrir uma investigação contra duas das principais empresas tecnológicas do país, Huawei e ZTE, para determinar se sua presença nos Estados Unidos representa uma ameaça à segurança, uma iniciativa que Pequim qualificou de “politizada” e “eleitoreira”.

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“É comum que os EUA tentem desviar a atenção para China e para as empresas deste país quando há eleições”, lamentou o porta-voz do Comércio, Shen Danyang, ao jornal oficial China Daily.

Em termos parecidos se expressou o Ministério de Tecnologia e Indústria da Informação, cujos porta-vozes assinalaram que os EUA “impedem que as empresas estrangeiras operem em seu território com a desculpa da segurança nacional” e “as companhias chinesas foram vítimas destas investigações durante anos”.

O porta-voz do Ministério de Relações Exteriores Liu Weimin assegurou em comunicado que os investimentos chinesas nos EUA beneficiam a criação de empregos e o crescimento desse país, e por isso acredita que Washington “não vai politizar os problemas comerciais”.

O Comitê de Inteligência da Câmara de Representantes dos EUA anunciou nesta semana o início de uma investigação para determinar se a rápida expansão de empresas de telecomunicações estrangeiras nos EUA pode ameaçar a segurança nacional, e citou a Huawei e a ZTE entre as investigadas.

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Um porta-voz da filial da Huawei nos EUA, William Plummer, citado hoje pelo jornal governista chinês Global Times, garantiu que a empresa, a segunda maior provedora mundial de equipamentos de telecomunicações, dava as boas-vindas às investigações se estas forem “abertas e justas”.

Também assegurou que a Huawei fornece produtos a 90% das 50 maiores firmas de telecomunicações do mundo, e que em nenhum destes casos foram informados problemas de segurança.

A ZTE expressou nessa semana em comunicado que confia que as investigações demonstrarão que a empresa respeita as leis e é confiável para seus parceiros americanos, assim como para seus clientes.

/ EFE

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