Governo pressionou PayPal para cancelar conta do Wikileaks

Vice-presidente da plataforma diz que cancelou serviço por causa de uma intervenção do governo dos EUA

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Por Rafael Cabral
Atualização:

O serviço de pagamentos online PayPal admitiu nesta quarta-feira, 8, que cancelou a conta que o Wikileaks usava para receber doações por causa da pressão do governo norte-americano.

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As autoridades do país aumentaram a ofensiva contra projeto depois da liberação de mais de 250 mil documentos diplomáticos secretos. O fundador do site, o australiano Julian Assange, está atualmente preso por uma acusação duvidosa de “crimes sexuais”.

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Segundo o vice-presidente da plataforma, Osama Bedier, o PayPal suspendeu a parceria com o Wikileaks por causa de uma intervenção do Departamento de Estado.

“O governo nos disse que eles estavam envolvidos com atividades ilegais. Nós sempre nos comprometemos com as autoridades dos vários países em que atuamos para proteger a nossa marca”, disse, em uma conferência em Paris.

Na última semana, diversos serviços (Amazon Web Services, o servidor Every DNS, Visa, Mastercard e o banco suiço PostFinance) cancelaram contas ligadas ao Wikileaks e a Assange, sempre dando outras desculpas (a maioria ligada ao não cumprimento dos termos de uso) que não a da pressão dos Estados Unidos.

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