Groupon estreia novo modelo de negócio e anuncia serviços no Brasil

Empresa abandonou modelo de compras coletivas e agora estreia para todo usuário brasileiro seu novo site e app

PUBLICIDADE

Por Murilo Roncolato
Atualização:
 

SÃO PAULO – O Groupon estreia hoje para toda sua base de usuários no Brasil seus novos site e aplicativo com o novo modelo de negócio implementado, deixando o conceito de compras coletivas definitivamente para trás e se assumindo como uma plataforma de e-commerce.

PUBLICIDADE

Michel Piestun, antigo diretor executivo do Groupon no Brasil e atual diretor da empresa para a América Latina, lidera as mudanças por aqui. Segundo ele, o Brasil será o primeiro da região a concluir as mudanças, iniciadas pela matriz nos Estados Unidos em novembro.

“Antes cada país tinha um site diferente. Agora a plataforma vai ser unificada, o que significa que conseguiremos trazer as novidades de fora muito mais rapidamente”, diz Piestun. O executivo anunciou que até o final do ano a empresa passará a oferecer no Brasil três serviços já em operação nos EUA: o Groupon Reserve (para reservas em restaurantes), Groupon Live (para compra de ingressos de espetáculos) e o Groupon Freebies (com a oferta de cupons de desconto em lojas).

Além destes, previsto também para este ano, o Groupon estreiará o Pages. Com ele, as empresa poderão ter uma página no site, onde poderão acrescentar informações de serviço e promoções.

 

O produto de maior ansiedade da empresa, no entanto, fica para o início de 2015. Trata-se de serviço aliado a um tablet que será oferecido às empresas parceiras do Groupon no País. Chamado Gnome, o serviço permite que os vendedores identifiquem quando um consumidor que já tenha comprado alguma promoção ou cupom previamente, dispensando-o de fazer qualquer pagamento na loja.

O Groupon deve agora abandonar aos poucos o modelo de marketing baseado no envio de promoções por e-mail, que Piestun avalia ter deixado de dar os “resultados esperados”, e adotar um que torne a plataforma mais atrativa e conveniente, permitindo que o consumidor encontre ofertas mais próximas pelo celular, tornando-se assim a “primeira opção quando o usuário quiser comprar algo”, segundo Piestun.

“A gente mudou nossa estratégia de negócio que era de vender muito volume para, agora, vender melhor”, disse. O Groupon abandona o sistema de compra que dependia de um mínimo de compradores para concluir a compra. Agora, os itens à venda são imediatamente adquiridos pelo usuário. Segundo o executivo, a ordem da vez agora é “descontos não tão altos” e priorização de “marcas A e B”.

Publicidade

Após as mudanças no último trimestre nos EUA, a empresa obteve alta de 29% na receita (em comparação com o trimestre anterior), chegando a US$ 768,4 milhões.

Por aqui, o diretor acredita que a região tem potencial para se mostrar lucrativa para o Groupon – o que, ao lado da Ásia, não acontece hoje. “O Brasil ainda é pequeno, temos muito chão.”

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.