A Telefônica estava no páreo para comprar a GVT, mas não conseguiu cobrir os R$ 56 por ação que a Vivendi ofereceu.
Com a aquisição da GVT, a Vivendi passa a ser a maior ameaça contra o quase monopólio da Telefônica em São Paulo. Ao final da aquisição, estima-se que o montante investido pela Vivendi chegue a R$ 7,2 bilhões.
A GVT ficou conhecida pela capacidade de oferecer planos de banda larga por preços muito menores que os da Telefônica. Em vez de usar a tecnologia de grandes e caras centrais telefônicas, a GVT apostou em minicentrais, que permitem uma capilaridade muito maior, reduzindo o custo de infraestrutura. O resultado são planos de 10 mb/s por menos de R$ 70.
A Vivendi obteve receita de mais de 25 bilhões de euros em 2008, algo em torno de R$ 70 bilhões. A empresa tem dinheiro de sobra para investir na GVT, que com a entrada em São Paulo, tem potencial para multiplicar os R$ 2,1 bilhões que faturou no mesmo período.
A Telefônica agora tem motivos de sobra para preocupar-se. A empresa é rentável, mas depois dos problemas enfrentados pelos usuários Speedy, ela perdeu mais de 100 mil assinantes para a Net, o que custou a liderança no mercado de banda larga.
O consumidor é quem mais ganha nesse jogo de poder econômico. A maior concorrência forçará todas as empresas a repensar a estratégia de preços e de serviços. Além de mais baratos, os serviços de banda larga tendem a ficar mais confiáveis.
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