Hulu e o dilema de cobrar por algo que até então era gratuito

O festejado site norte-americano Hulu é um dos melhores exemplos de conteúdo profissional sendo oferecido de graça na internet. Ou, ao menos, era até ontem. Exageros à parte, é exatamente essa a impressão que fica ao ler boa parte das noticias, posts e tweets sobre as recentes declarações de pessoas ligadas ao site, de que estudam novos modelos que envolvam o pagamento pelos usuários.

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Por Redação
Atualização:

O Hulu foi lançado no início do ano passado e despontou como um dos principais expoentes de uma nova postura da indústria do entretenimento contra a pirataria online. Ao invés, de apenas brigar com sites que oferecem conteúdo protegido por direito autoral e processar seu próprio público, porque não competir com ela e oferecer algo ainda mais atraente.

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No site, que é restrito aos Estados Unidos, é possível assistir filmes e seriados. Neste último caso, muitas vezes logo apos a sua exibição na televisão. Por aqui, o Terra TV e o Mundo Fox são as melhores alternativas do gênero. Veja, no entanto, como ver o Hulu mesmo fora dos EUA aqui.

A iniciativa parecia bem sucedida e o site teve até um pequeno lucro em seu primeiro ano de operação. Coisa que até hoje o YouTube ainda não conseguiu. Mas, de repente, as coisas mudaram. Há cerca de um mês, o magnata Rupert Murdoch (que é dono da Fox, uma das principais )que tem sociedade declarou ao ‘Wall Street Journal’ que estudavam passar a cobrar pelo conteúdo oferecido no Hulu. Mas, que não sabia muito como. Nesta semana, várias outras declarações de pessoas ligadas ao Hulu começaram a pipocar em eventos e na mídia.

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O que se viu na internet desde então foi uma avalanche de notícias, posts e twitts (como este aí de cima) dando conta de que o Hulu não seria mais gratuito a partir do ano que vem. O site sabe que não será uma tarefa fácil começar a cobrar por algo que até então era oferecido de graça. Ao mesmo tempo, o modelo baseado apenas em publicidade não está gerando a receita esperada – ou almejada.

Não dá, entretanto, para simplesmente começar a cobrar sem que se ofereça algo mais para os usuários – esse é o caminho mais provável. De um jeito ou de outro, não há motivo para pânico. Nenhuma das declarações dadas pelos envolvidos dá conta do fim da versão gratuita do Hulu. Vamos aguardar os próximos movimentos.

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