Impressora Metamáquina ganha nova versão

Segunda versão da impressora 3D criada por grupo brasileiro é lançada durante Fórum de Software Livre

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Por Ligia Aguilhar
Atualização:

Segunda versão da Impressora 3D criada por grupo brasileiro é lançada durante Fórum de Software Livre

PORTO ALEGRE – Os fundadores da impressora 3D Metamáquina, famosa por ter tido seu primeiro modelo financiado por crowdfunding, lançaram uma nova versão daimpressora durante o Fórum Internacional Software Livre (Fisl 14) em Porto Alegre, RS.

 

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Felipe Moura, Felipe Sanches e Rodrigo Rodrigues da Silva, sócios da empresa,apresentaram a Metamáquina 2 e, como são ativistas do software livre, aproveitaram a ocasião para divulgar o código de desenvolvimento da impressora.

A ideia é acelerar a criação de melhorias para o modelo. “Há várias coisas que podem ser feitas, como aumentar a velocidade e a qualidade de impressão, e modificá-la para imprimir com outros materiais”, disse Silva, em entrevista ao Link.

Os arquivos estão disponíveis no endereço https://github.com/metamaquina.

A Metamáquina 2 tem cerca de 30 centímetros de altura, pode reproduzir qualquer desenho em plástico e custa R$ 3,7 mil. Durante a pré-venda, iniciada em janeiro, foram vendidas 70 unidades da impressora. Os principais clientes da empresa hoje são arquitetos, engenheiros, profissionais da área de saúde e universidades.

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O primeiro modelo, financiado pelo Catarse, já foi retirado do mercado. Silva diz que o processo de fabricação da impressora, antes quase artesanal, está mais profissional. A Metamáquina 2 também é fabricada na sede da empresa na Barra Funda, em São Paulo. “Mas agora temos umas cinco salas disponíveis, em vez de apenas uma, e usamos processos de fabricação industrial em pequena escala”, explica Silva.

Um novo modelo já está em fase de pesquisa, para ser lançado provavelmente em meados de 2014. Eles também estão conversando com investidores em busca de financiamento para ampliar o negócio.

Silva diz que o interesse pela impressora 3D é crescente, mas que ainda é cedo para a tecnologia se popularizar. “Eu comparo o momento atual da impressão 3D com o mercado de computação nos anos 70, quando tudo era resolvido por um computador central”, diz. “Acho difícil que a impressão 3D se popularize a ponto de todo mundo ter uma impressora em casa. É provável que ela fique mais acessível para profissionais que precisem desse recurso”, diz. “Dificilmente alguém usará a impressora para imprimir uma xícara no lugar de outra que quebrou em casa. A não ser que faça questão de ter uma xícara muito personalizada.”

* A repórter viaja à convite da organização do Fisl.

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