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Internet diminui intolerância ao Ocidente

Pesquisa realizada em países islâmicos mostrou grandes diferenças de aceitação entre usuários da rede e não usuários

Por Agências
Atualização:

Pesquisa realizada em países islâmicos mostrou grandes diferenças de aceitação entre usuários da rede e não usuários

 

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WASHINGTON – Quanto mais os muçulmanos usam a internet, mais propensos estão de valorizar filmes e música do Ocidente. Pelo mesmo motivo, têm mais chances de ver vínculos entre o Islã e o cristianismo. São conclusões de um estudo publicado nesta sexta-feira, 31, nos EUA.

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Segundo o levantamento realizado em 39 países pelo instituto de pesquisa Pew, cerca de 18% dos muçulmanos utiliza a internet. Nas extremidades estão o Afeganistão, com 2% de uso, e o Kosovo, com 59%.

A pesquisa mostra que os internautas islâmicos são mais jovens e instruídos do que os que não usam a rede. A maior parte é do sexo masculino.

O usuário de internet tende a desfrutar mais de filmes, televisão e música ocidental, além de não considerar que esta cultura atenta contra a moral de seu país.

A diferença é marcante em um país como o Quirguistão, onde entre os internautas 74% gostam da cultura ocidental e entre os que não acessam a rede esse número cai para 39%, totalizando uma diferença de 35 pontos. As diferenças entre os dois grupos ficam entre 32 pontos no Senegal e Rússia e 31 pontos na Indonésia.

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Os maiores fãs do cinema ocidental estão na Albânia (77%), Kosovo (69%), Mali e Bósnia Herzegovina (62% cada). O Pasquitão traz o índice mais baixo, com 20%.

O uso da internet também está vinculado a uma tolerância maior em relação ao cristianismo. O Paquistão apresenta a maior diferença entre usuários e não usuários de internet (28 pontos) quando o assunto é encontrar pontos comuns entre o Islã e o cristianismo.

No total, o Senegal é o país mais aberto (61%), seguido de Bósnia Herzegovina (59%). Paquistão e Malásia são os mais fechados (10%).

/ AFP

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