Internet móvel terá controle de qualidade

Na nova proposta, operadoras terão de fornecer pelo menos 30% da velocidade contratada

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Por Redação Link
Atualização:

A pressão do Ministério Público Federal está começando a gerar medidas práticas que prometem fiscalizar e garantir a qualidade das conexões via modem 3G. Depois de uma manifestação dos usuários no site 3ginternet.com.br ter colaborado com uma consulta pública, que colheu com usuários dos serviços informações sobre a qualidade da internet 3G (leia mais aqui), o Conselho Diretor da Anatel aprovou nesta quinta-feira, 8, a revisão da regulamentação sobre a qualidade do Serviço Móvel Pessoal, que abrange os serviços de telefonia celular e banda larga móvel.

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A novidade é que o texto que pede a revisão inclui a criação de metas de qualidade para o 3G, o que não estava previsto na regulamentação anterior, pois na época o serviço ainda não era ofertado no País.

Foram criados três indicadores para a internet 3G: a taxa de conexão ao acesso, que é o indicador relativo à disponibilidade do sistema; a taxa de queda do acesso, que vai avaliar a estabilidade da conexão, e o monitoramento da garantia de velocidade contratada, estabelecendo patamares mínimos de entrega da conexão.

Pela proposta, nos horários de maior uso, a prestadora terá de garantir uma velocidade mínima de 30% do valor máximo previsto no plano, tanto para download quanto para upload. Nos horários de menor tráfego, o porcentual exigido será de 50%. Haverá ainda o aumento gradativo dos porcentuais exigidos. Um ano depois da implementação desses primeiros porcentuais, a operadora terá de garantir, no mínimo, 50% do valor máximo dos horários de maior movimento e 70% nos outros horários. Atualmente as operadoras só se comprometem a entregar o mínimo de 10% da velocidade comercializada.

O texto será encaminhado agora para consulta pública, pelo prazo 45 dias. Depois disso voltará para o conselho diretor para analisar as alterações sugeridas na consulta pública. O regulamento entrará em vigor 180 dias depois da publicação.

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O anúncio vem um dia depois de um defeito no sistema da rede Claro, em São Paulo, ter afetado milhares de clientes da operadora, que ficaram sem o serviço de banda larga e telefonia celular por pelo menos 12 horas. O problema foi identificado pela manhã, por volta das 9 horas. Em nota oficial, a companhia garantiu que a “instabilidade” na rede foi totalmente resolvida às 12h40. Até o início da noite desta quarta, 7, porém, clientes ainda enfrentavam dificuldades com a falta de sinal.

(Com Agência Estado e Estadao.com.br)

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